«Que a celebração deste dia nos ajude a crescer mais como corpo fraterno do clero, incluindo, naturalmente, aqueles que nos estão confiados» – D. Manuel Quintas
Loulé, 13 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve presidiu ao Jubileu diocesano do Clero e lembrou que a “cultura da fraternidade do colégio sacerdotal, e também dos diáconos, é muito importante”, na Eucaristia, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Loulé.
“Esta cultura da fraternidade do colégio sacerdotal, e também dos diáconos, é muito importante: fazermo-nos encontrar uns para os outros. Pode-nos faltar tempo para muitas coisas, mas para isto era bom que não faltasse e que fosse considerado como uma prioridade na nossa vida. A fraternidade sacerdotal faz parte daquilo que é essencial na nossa vida”, disse D. Manuel Quintas, na homilia, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.
A Diocese do Algarve realizou o Jubileu diocesano do Clero, esta quinta-feira, dia 12 de junho, em Loulé, que começou no princípio da subida pedonal para o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente invocada como «Mãe Soberana».
“Nós programamos e realizamos tanto para aqueles que nos estão confiados, mas é importante viver uma peregrinação e um dia jubilar na primeira pessoa, sendo nós próprios os protagonistas; um dia centrado em nós mesmos, naquilo que somos, também como servidores do Reino de Deus, como diáconos, padres ou bispos”, salientou o bispo do Algarve.
D. Manuel Quintas assinalou ao clero da diocese a importância da “procura da essencialidade” e do “dom do discernimento” nas opções “pessoais e pastorais”, no meio de uma “vida repartida com tantas coisas que agitam e nem sempre preenchem”.
“Somos chamados por vocação, consagração e missão a não nos pregarmos a nós próprios. Pregamos a Jesus e não pregamos apenas por palavras, mas também pelo testemunho, pela alegria que os outros devem ver refletida no nosso rosto”, acrescentou.
Anualmente a Diocese do Algarve celebra o Dia do Clero, e D. Manuel Quintas lembrou tratar-se de um dia “sempre marcado pela fraternidade, proximidade, mais do que por grandes celebrações ou reflexões”.
“Que a celebração deste dia nos ajude a crescer mais como corpo fraterno do clero, incluindo, naturalmente, aqueles que nos estão confiados”, pediu.

O bispo diocesano recordou que o Jubileu do Clero começou com uma peregrinação até à igreja jubilar do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, antes da Eucaristia, e afirmou que os “uniu, caminhando, mesmo sofrendo a intensidade do sol logo pela manhã, foi muito proveitosa no conteúdo”: “a procura do que é verdadeiramente essencial na nossa vida, para nós e também para os outros”.
A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e está a ser continuado com o pontificado de Leão XIV.
D. Manuel Quintas afirmou que se tornarem “peregrinos de esperança” faz de bispos, padres e diáconos “alguém que procura algo mais na sua vida”.
“Quem se decide a peregrinar anda à procura de um sentido ainda mais profundo para a sua vida, para as suas motivações, para aquilo que somos e que somos chamados também a realizar com aquilo que somos, através do nosso ministério”, assinalou.
O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ informa que participaram no Jubileu do Clero do Algarve 39 padres e diáconos e também D. Manuel António Santos, bispo emérito de São Tomé e Príncipe, a colaborar com esta Igreja local; da parte da tarde, desta quinta-feira, o programa levou-os numa visita cultural à Fundação Manuel Viegas Guerreiro que tem como fim divulgar a obra do etnólogo, antropólogo, linguista e pedagogo.
CB