D. Manuel Quintas convida diocese a deixar-se «contagiar pelo presépio»
Faro, 15 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve convida a diocese a celebrar este ano o Natal deixando-se “contagiar pelo presépio”, que anualmente proporciona “uma mensagem singular, intemporal e sempre atual”, alertando para “guerras que continuam implacáveis” e “aumento do número de pobres”.
“As guerras que continuam implacáveis, a sua ação destruidora, provocando milhares de mortes inocentes e um sofrimento indescritível a populações indefesas, bem como entre nós o aumento do número de pobres e de sem abrigo confirma-nos o quão longe está a mensagem do Natal de ser entendida e acolhida”, afirma D. Manuel Quintas, na mensagem de Natal 2023 enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O bispo do Algarve explica que o presépio – “grande ou pequeno, mais ou menos artístico, igual ou diferente em cada ano” – fala “sempre à vida” daqueles que se deixam contagiar pelo espirito que ele inspira.
Podemos, com o Papa Francisco, considerá-lo como um Evangelho vivo, um Evangelho doméstico, familiar, aberto nas nossas casas e lugares de trabalho, nos lares, hospitais, estabelecimentos prisionais, nos largos, ruas e praças das nossas cidades para nos recordar uma verdade essencial: o nosso Deus não é um Deus distante, invisível e inacessível. Veio habitar entre nós, assumindo a nossa humanidade, no corpo duma criança”.
Na Mensagem “fraterna” para o Natal 2023, D. Manuel Quintas, convida a Diocese do Algarve a celebrar este Natal deixando-se “contagiar pelo presépio”, lembrando os 800 anos da sua criação por São Francisco de Assis, em 1223, em Gréccio (Itália).
O bispo diocesano sublinha que cada presépio, representado das formas mais diversas, “constitui sempre o testemunho da proximidade de Deus”, uma proximidade “real, viva, concreta, que se pode ver e tocar”, tal como o amor que o nascimento de Jesus, “criança, simples e indefesa, veio manifestar”.
Na mensagem, gravada em vídeo, D. Manuel Quintas salienta que com Jesus aprendem “a ser dom”, como ele para os outros, isto é, a “encontrar o verdadeiro sentido da vida e contribuir, de modo eficaz, para transformar o mundo”.
“Na agitação veloz em que nos movemos, a singeleza do presépio constitui um convite ao silêncio interior, sugere-nos a importância de parar, com a certeza de que só quando nos decidimos a nos recolhermos é que temos acesso ao que é essencial e prioritário na nossa vida pessoal e familiar”, explicou.
“Se Jesus fizer parte da nossa vida, nela acontecerá verdadeiramente Natal”, afirma o bispo do Algarve, no final da mensagem para o Natal 2023.
CB/OC