Algarve: «A sinodalidade é o caminho para a Igreja no terceiro milénio e é também para a nossa Igreja diocesana» – Padre António de Freitas

Bispo D. Manuel Quintas incentivou à consolidação da «organização paroquial em chave missionária»

Faro, 24 set 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve pediu uma diocese “ao serviço da edificação de uma Igreja unida e fraterna”, na assembleia de apresentação do programa pastoral 2025/2026, este sábado, no complexo paroquial de São Pedro do Mar, em Quarteira.

“O objetivo é que neste segundo ano sejamos pacientes nas tribulações que nos vão sendo colocadas no dia a dia da vida, mas também no dia a dia da vida comunitária da nossa Igreja diocesana. A sinodalidade é o caminho para a Igreja no terceiro milénio e é o caminho também para a nossa Igreja diocesana”, disse o vigário episcopal para a pastoral da Diocese do Algarve, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

Na assembleia diocesana, o padre António de Freitas apresentou o apresentou o programa pastoral 2025/2026, que é dedicado à segunda parte da exortação de São Paulo aos cristãos de Roma – ‘Pacientes na tribulação’, e o documento final do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade, com os seus desafios para esta Igreja local, este sábado, 20 de setembro, no complexo paroquial de São Pedro do Mar.

“Cada comunidade cristã, na sua especificidade, no seu contexto sociológico e religioso, tem que ser capaz de encontrar momentos de discernimento deste documento que estamos a aprofundar”, assinalou o vigário episcopal para pastoral, que explicou que não tem de ser aplicado da mesma forma em todas as paróquias ou comunidades, “porque cada uma tem percursos diferentes, tem pessoas diferentes, tem contextos diferentes”.

O bispo diocesano, D. Manuel Quintas, apelou à consolidação da “organização paroquial em chave missionária”, que é o caminho que “está a ajudar a ser Igreja no Algarve”, e que possam “continuar a privilegiar a dimensão eucarística como escola de sinodalidade e de comunhão eclesial”.

No programa da Igreja Católica no Algarve lê-se que este Ano Pastoral “é aquele que marca de modo mais concreto o desejo e vontade de conhecer, aprofundar e implementar o Documento Final do último Sínodo dos Bispos”, e acrescenta a vontade da diocese em deixar-se guiar pelos “temas e conteúdos das Partes II e III” do documento sinodal, referentes, respetivamente, à “conversão das relações” e à “conversão dos processos”.

Esta assembleia diocesana do Algarve, de apresentação do programa 2025/2026, reuniu o seu bispo, sacerdotes, diáconos, religiosos, seminaristas e leigos: membros das equipas de secretariados e setores diocesanos, das equipas responsáveis de movimentos e associações, dos Conselhos Pastorais Paroquiais, ou outros organismos de corresponsabilidade pastoral paroquial, e outros responsáveis.

Após um momento de oração, com adoração eucarística, o bispo do Algarve começou por referiu-se à “marca sinodal” da “comunhão, participação e missão”.

“Todos ao serviço da edificação de uma Igreja unida e fraterna que sabe dialogar, que sabe escutar e que sabe partilhar, enriquecendo-se com o contributo de todos e a integração daquilo que é específico de cada um, daquilo que são as nossas diferenças”, desenvolveu D. Manuel Quintas.

O vigário episcopal para a pastoral da Diocese do Algarve lembrou que os desafios pastorais programáticos nasceram da reflexão do Conselho Diocesano de Pastoral, e destacou os três verbos do documento sinodal “conhecer, aprofundar e implementar”, e D. Manuel Quintas sugeriu, no encerramento, que substituíssem o primeiro verbo por “apreciar”.

O bispo do Algarve celebrou as bodas de prata da sua ordenação episcopal (3 de setembro), e, nesta assembleia diocesana, foi apresentado ainda um vídeo sobre estes 25 anos de ação pastoral da Igreja Católica neste território, complementada por uma exposição de cartazes, programas pastorais e outros materiais.

A Diocese do Algarve está a viver um triénio, que começou em 2024, sob a perspetiva da alegria e da esperança, até 2027, com o lema geral ‘Sede alegres na esperança’, exortação de São Paulo aos cristãos de Roma (Rm 12,12).

As prioridades pastorais deste triénio são as dimensões eucarística, vocacional e performativa, as oito realidades que as integram são a família, os jovens, o sentido de pertença comunitária, a sinodalidade e comunhão, a comunicação, a sustentabilidade eclesial, os ministérios e serviços e a ação caritativa e social.

CB/OC

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