Alexis II enviou saudação a Bento XVI

O Patriarca Ortodoxo de Moscovo, Alexis II, enviou uma saudação ao Papa, através do Arcebispo Zosima, que visitou o Vaticano. A notícia é avançada pela agência Interfax, citando o serviço de comunicação das dioceses de Elista e Calmúquia. O representante ortodoxo sublinhou a Bento XVI a importância de “dar testemunho dos valores cristãos perante o mundo moderno juntamente com a Igreja Católica”. Segundo este responsável, o Papa “agradeceu a visita, enviando saudações a Alexis II”. Bento XVI recebeu como presentes um Evangelho em calmuco e um ícone da Mãe de Deus. No passado mês de Agosto, a Santa Sé revelou que Bento XVI escrevera uma carta ao Patriarca Ortodoxo de Moscovo, acompanhada por um presente pessoal. A missiva, uma “mensagem cordial”, foi entregue pelo Cardeal Roger Etchegaray, que ao longo dos últimos anos tem sido o homem das “missões difíceis” dos Papas. O presidente emérito do Conselho Pontifício Justiça e Paz esteve na Rússia para assinalar o 10.º aniversário da consagração da Catedral católica da Transfiguração, em Novosibirsk. Na sua passagem por Moscovo, o Cardeal Etchegaray encontrou com Alexis II, “num clima fraterno”. Segundo a Santa Sé, o Patriarca russo “agradeceu particularmente o gesto do Papa e assegurou uma resposta pessoal, por escrito, aos votos do Pontífice”. Ao contrário do que acontecia com João Paulo II, o Patriarca Ortodoxo de Moscovo não coloca completamente de parte uma possível visita de Bento XVI à Rússia, desde que os problemas existentes sejam resolvidos. Entre eles, o que tem maior destaque é o alegado proselitismo da Igreja Católica em territórios da antiga URSS, para além do uniatismo (termo com o qual os ortodoxos se referem aos cristãos de países de tradição ortodoxa em união com o Papa). Apesar dos avanços verificados desde a eleição papal de Bento XVI, o acordo sobre estas matérias não se afigura fácil, dado que o Vaticano nega qualquer intenção proselitista e defende o direito de cada pessoa a tomar a sua própria decisão confessional. O mais provável é que o encontro entre os dois líderes cristãos tenha lugar num terreno “neutro”. Uma das hipóteses aventadas para 2007 foi deixada de lado, quando Bento XVI decidiu não inaugurar os trabalhos da próxima reunião da Comissão mista internacional para o diálogo teológico católico-ortodoxo, na localidade italiana de Ravenna.

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Agência ECCLESIA

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