Os apoios da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) aumentaram 9,2% no ano passado: a Obra católica internacional apoiou os cristãos perseguidos e que passam por dificuldades em todo o mundo com mais de 81 milhões de euros, face aos mais de 74 milhões de euros de 2005. Os dados são revelados no relatório anual divulgado na sede internacional da Fundação, em Koenigstein, na Alemanha. Os benfeitores apoiaram o trabalho da Fundação AIS num total de 18 países doadores da Europa – entre os quais Portugal -, América do Norte e do Sul, bem como da Austrália. Pela primeira vez também o novo secretariado nacional da Polónia contribuiu para um bom resultado. Tal como no ano passado, a França ficou em primeiro lugar com 13,4 milhões de euros, pela primeira vez seguida da Bélgica com 10,7 e da Alemanha com 10,4 milhões. Em quarto lugar, com mais de 9 milhões de euros, ficou a Grã-Bretanha. Em 2006, a Ajuda à Igreja que Sofre patrocinou cerca de 5100 projectos de paróquias e dioceses num total de 137 países. Na Europa Central e de Leste a ajuda à Ucrânia (cerca de 3,8 milhões de euros) esteve entre as prioridades da Obra, bem como a ajuda à Rússia: a Igreja Católica na Rússia recebeu cerca de 1 milhão de euros, sendo cerca de 650 000 euros destinados a projectos interconfessionais. A AIS apoiou também a Igreja Ortodoxa com mais de 720 000 euros, sobretudo para a formação de sacerdotes. Muito significativas foram as ajudas para a Bósnia-Herzegovina com mais de 860 000 euros, bem como para a Croácia com mais de 780 000 euros. Por outro lado, as ajudas para os novos membros da UE na Europa de Leste foram reduzidas. O ponto fulcral da ajuda em África esteve no Sudão e na República Democrática do Congo, países que ainda sofrem das consequências de longas guerras civis, de opressão e discriminação. Angola também recebeu uma ajuda especial da AIS, pois aí persiste uma grande necessidade de ajuda para a reconstrução de edifícios da Igreja, anos após o fim dos conflitos bélicos. Na América Latina a ajuda para Cuba e o Haiti continua a ser uma prioridade, devido à situação política aí dominante. Na Ásia, verifica-se o mesmo para a China, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname. Os projectos de construção ficaram com a maior parte do total de apoios, mais concretamente com 29,8%. No norte da Nigéria, por exemplo, foi reconstruída uma igreja com o apoio da Ajuda à Igreja que Sofre, que tinha sido destruída por muçulmanos fanáticos devido à polémica das caricaturas de Maomé. Seguem-se as intenções de missas com 17,6%, as actividades de evangelização com 16,0% e o apoio à formação e formação contínua teológica de sacerdotes, religiosos e leigos com 14,2%. A catequese (5,8%) e o fornecimento de veículos a agentes da pastoral (5,1%) foram também pontos fulcrais da actividade da Fundação AIS. A ajuda assistencial a religiosas foi de 3,3%, o apostolado nos meios de comunicação social de 3,2% e a ajuda de emergência de 1%. Quanto aos projectos de divulgação da Sagrada Escritura (4%), o Presidente da Obra, Hans-Peter Röthlin, disse aquando da entrega do exemplar comemorativo dos 10 milhões de exemplares da Bíblia das Crianças em português do Brasil, ao Papa Bento XVI (na foto): “Santo Padre, estas Bíblias das Crianças mostram que aplicamos adequadamente os donativos entregues à nossa Obra Ajuda à Igreja que Sofre: Bíblias para as crianças na sua língua materna, para que possam efectivamente ler e interiorizar a Boa Nova de Jesus.” Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre