Aldeias cristãs debaixo de fogo no Líbano

Com muitas aldeias cristãs totalmente destruídas e milhares de refugiados, o Bispo de Naida, no Sul do Líbano, pede ajuda de emergência para as populações que se encontram totalmente desesperadas, sem alimentação, água e medicamentos. As aldeias cristãs no Sul do Líbano estão debaixo de fogo e as populações vivem o drama entre terem de fugir de suas casas ou de viver constantemente com medo de serem bombardeadas. Num relatório detalhado, o Bispo Elias Nassar, da diocese de Saida, afirmou que, de entre as muitas zonas que estiveram sob ataque, sete eram aldeias cristãs, que foram totalmente devastadas, forçando a evacuação de 2000 pessoas. Além destas, outras 22 aldeias cristãs foram bombardeadas e muitos milhares de pessoas tiveram de fugir de suas casas. A razão destes ataques, declara o Bispo, é a infiltração das forças do Hezbollah nas regiões cristãs. Neste relatório enviado à Ajuda à Igreja que Sofre, D. Nassar afirmou que muitos residentes estavam desesperados por ficar nas suas casas, pois tinham medo de que não pudessem regressar num curto prazo de tempo. Contudo, salienta que a fé das populações é muito grande, pois é o que lhes dá forças para resistir. O Bispo afirmou ainda, que as comunidades locais cada vez mais solicitam a Igreja para as ajudas de emergência. Declarou que “as pessoas interrogam-se se a situação pode piorar. Estão cheios de medo e já esgotaram quase todos os bens de primeira necessidade. Continuam a pedir-me ajuda e eu não tenho nada para lhes oferecer”. Apesar das falhas nas comunicações, das estradas cortadas, das pontes destruídas e da falta de energia, o Bispo libanês acredita que as infra-estruturas da Igreja poderão servir para fazer chegar as ajudas de emergência às aldeias mais remotas. As principais prioridades são alimentação, água potável, leite e medicamentos. D. Elias Nassar chamou a atenção de que as ajudas, que chegam através do Governo Libanês, tendem a ser canalizadas prioritariamente para os muçulmanos, apesar de alguns cristãos estarem em situações mais graves. A maioria dos cristãos foi refugiar-se em Beirute e nos seus arredores. Mas a sua segurança não está garantida pois têm existido vários ataques nos subúrbios da capital, em zonas habitadas por cristãos. Durante muitos anos, o Líbano foi visto pelos líderes da Igreja como um santuário para os cristãos no Médio Oriente e o conflito entre o Hezbollah e Israel fez crescer o medo de um êxodo em massa dos cristãos da região, o que poderia fazer desaparecer o cristianismo daquelas regiões. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Obra de caridade para os cristãos perseguidos e em necessidade em todo o mundo, lançou uma campanha de ajuda de emergência para o Líbano e Israel. Três pacotes de ajuda, totalizando mais de 52.000 €, foram enviados, através da Igreja, para o Sul do Líbano, Norte de Israel e Faixa de Gaza.

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