Ajuda para os cristãos iraquianos

Episcopados católicos da UE interpelam presidência eslovena a respeito da situação dos refugiados A Comissão dos Episcopados Católicos da UE (COMECE) interpelou a presidência eslovena da União em relação à situação dos refugiados no Iraque. O presidente deste organismo, D. Adrianus Van Luyn, espera que o tema seja incluído na agenda do próximo encontro do Conselho Conselho de Justiça e Assuntos Internos da União Europeia. Numa carta enviada a Dragutin Mate, ministro esloveno da administração interna, a COMECE manifesta a sua preocupação com o destino de 4,4 milhões de iraquianos que abandonaram o seu país. Segundo o Alto Comissariado da ONU para os refugiados, estamos na presença da maior catástrofe humana no Médio Oriente desde 1948. Os Bispos da UE lembram que os refugiados em situação mais vulnerável são os não-muçulmanos, que procuram apoio em países maioritariamente muçulmanos como a Síria, Jordânia, Líbano ou Turquia. Para a COMECE, estamos na presença de uma situação desumana, que aumenta o risco de “imigração clandestina”. Propõe-se, por isso, que a UE aceite “um contingente de 60 mil refugiados, provenientes das minorias não-muçulmanas do Iraque”. D. Adrianus Van Luyn pede ainda que os governos dos Estados vizinhos do Iraque seja apoiados política e materialmente no seu esforço de acolhimento do fluxo de refugiados. Em Novembro do ano passado, a COMECE lançou um apelo em favor dos refugiados iraquianos, que vivem numa “situação desesperada”, em especial os cristãos. Sunitas e xiitas procuram, nas áreas que controlam, expulsar os cristãos. Mais de metade dos 1,2 milhões de cristãos presentes no país em 2003 fugiram do Iraque, número que aumenta de forma ainda mais significativa na capital, Bagdad. Em comunicado de imprensa enviado à Agência ECCLESIA, os Bispos europeus pediam que a UE chegue a um acordo “o mais rapidamente possível” para permitir a entrada de mais refugiados do Iraque nos próximos dois anos.

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