Desde, Segunda feira, dia 12, que a ajuda às populações de Myanmar, está a ser prestada através de aviões. As autoridades de Myanmar (ex-Birmânia) decidiram deixar aberta uma pequena passagem para o exterior, por onde se faz a passagem de comboios. Estão também a chegar aviões de algumas ONG’s, apesar de continuarem as restrições para o pessoal de organizações internacionais. Há 10 dias que a população de Myanmar foi atingida pelo ciclone Nargis, provocando uma situação calamitosa. O número de desalojados atinge as centenas de milhares, os problemas ligados à difusão de doenças causadas pela contaminação da água não se resolveram, e a própria natureza foi devastada. Segundo o UNICEF os principais inimigos para as crianças são agora as epidemias de cólera e disenteria, veiculadas pela água infectada, além da malária e da febre do dengue, ambas infecções endémicas em Myanmar. Entretanto, continuam a circular dados sobre as vítimas do ciclone. Para o governo militar de Myanmar, o número seria 32 mil, enquanto os desaparecidos rondam os 30 mil, num total de mais de 60 mil pessoas. Mas as Nações Unidas apontam agora, corrigindo as estimativas anteriores, de uma oscilação possível de entre 60 e 100 mil mortos e deslocados. Enquanto isso, os Estados Unidos participam na ajuda de forma cada vez mais significativa. A Casa Branca anunciou o envio de dois aviões que levarão alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade, num total de cerca 13 milhões de dólares. Trata-se de uma tímida mas significativa abertura que as autoridades de Myanmar concederam para aliviar as dificuldades causadas pela “imensa tragédia”, como foi definida pelo Papa, que atingiu o País do sudeste asiático. A Casa Branca manifestou a sua satisfação por este primeiro passo e anunciou que nos próximos dias tentará obter autorização para novas expedições. A União Europeia trabalha para garantir ajuda humanitária ao País asiático. Nos últimos dias, também o Delegado apostólico em Myanmar, o Arcebispo Salvatore Pennacchio, visitou as áreas atingidas pelo ciclone Nargis onde levou a mensagem de solidariedade e proximidade de Bento XVI. Entre os desaparecidos está também um sacerdote e uma irmã, enquanto que algumas igrejas e institutos religiosos foram gravemente destruídos. Com Agência Fides
