A organização pastoral internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) manifestou as suas profundas condolências pela morte do Cardeal Jean-Marie Lustiger, falecido este Domingo em Paris, aos 80 anos de idade. O director espiritual internacional da Fundação, Pe. Joaquín Alliende, descreveu o antigo Arcebispo de Paris como “um grande amigo da AIS”, lembrando o grande apoio oferecido à organização. “Ele partilhou connosco todas as grandes preocupações do nosso fundador, o Pe. Werenfried van Straaten”, assegura este responsável. Em 2003, o Cardeal Lustiger pronunciou uma “conferência brilhante” aos responsáveis da AIS, num congresso que decorreu na localidade italiana de Castel Gandolfo. O Arcebispo Emérito de Paris falou sobre a situação actual da Igreja, ajudando a Fundação a compreender melhor o seu caminho, um ano após a morte do Pe. Werenfried. Nesse encontro, o Cardeal Lustiger desafiou a liderança da AIS a ser criativa “de forma a curar as feridas do Cristo que sofre no mundo”. Hans-Peter Röthlin, presidente da AIS, lembrou por seu lado um encontro pessoal com o Cardeal francês, onde este “nos encorajou fortemente a preservar a nossa identidade, expressa na fidelidade ao Santo Padre”. Formado em filosofia e teologia, Jean-Marie Lustiger foi ordenado sacerdote em 1954, Bispo de Orleans, em 1979, e Arcebispo de Paris, em 1981. Foi criado Cardeal em 1983, pelo Papa João Paulo II, com quem teve uma forte ligação. Do seu trabalho destaca-se a difusão dos ideiais católicos bem como a firme defesa do diálogo entre as religiões, sobretudo entre judeus e católicos, destacando entre suas obras “Sermons d’un curé de Paris” (“Sermões de um padre de Paris”, de 1978) e “Pain de vie, Peuple de Dieu” (Pão da vida, povo de Deus, de 1981). A sua mãe era uma imigrante polaca e morreu no campo de concentração nazi de Auschwitz. O Cardeal e a irmã conseguiram escapar e, em Agosto de 1940, converteu-se ao catolicismo. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre