A organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) encaminhou uma primeira ajuda de 30 mil Euros para dois projectos de apoio às vítimas das cheias no Paquistão.
A curto prazo haverá novos apoios para ajudar as pessoas a enfrentar o Inverno e mais tarde ajudar a Igreja a reconstruir todas a infra-estruturas afectadas pelas inundações.
A tragédia deixou mais de 20 milhões de desalojados e o número de mortos supera os 2000.
O presidente do Paquistão, Ali Zardari, disse que as consequências do desastre vão fazer-se sentir em todo o país, tanto a nível social como económico, durante mais de seis meses.
Em declarações à AIS, D. Andrew Francis, bispo de Multan, refere que os cristãos vão em busca de ajuda junto da Diocese porque não a encontram noutros locais. Aqui e em Faisalabad, casas para catequistas e igrejas ficaram arruinadas.
Em Quetta, o sacerdote salesiano Peter Zago acolhe milhares de pessoas que fugiram para a fronteira com o Afeganistão, fugindo das cheias.
Numa carta endereçada à AIS, o religioso diz que a localidade, a salvo das devastadoras inundações, está agora repleta de “famílias na miséria, trazidas em comboios pelo governos, mas sem qualquer tipo de acompanhamento e ajuda imediata”.
Os Salesianos estão a distribuir farinha, óleo, lentilhas, chá e açúcar, mas a resposta é insuficiente, já que muitas famílias “precisam desesperadamente de comida e medicamentos”.
O padre Peter Zago explica que o período mais crítico será o próximo mês, esperando-se que depois as famílias possam regressar às suas terras. Nesse sentido, calcula que por 100 euros será possível ajudar um agregado familiar com sete filhos, durante este período.