AIS com recorde de donativos apesar da crise

Fundação recolheu 82 milhões de Euros em 2008, para ajudar cristãos de 137 países Os donativos entregues à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) em todo o mundo chegaram aos 82 milhões de Euros em 2008, um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. A organização católica internacional apoiou projectos em 137 países, aplicando 64,19 milhões de Euros.

Em relação ao nosso país, os donativos chegaram aos 2,03 milhões de Euros, pouco menos do que os 2,1 milhões de 2007 que tinham sido um número recorde.

A Presidente do Conselho de Administração da AIS – Portugal, Catarina Martins de Bettencourt, explica que o trabalho da Fundação só é possível graças aos mais de 700 mil benfeitores espalhados por 17 países, que permitem «fazer maravilhas onde ‘Deus chora’».

Esta responsável destaca, em particular, a ajuda prestada aos cristãos perseguidos na China, às vítimas do ciclone em Myanmar e aos cristãos da Índia, vítimas de «perseguição e martírio» desde Agosto passado.

Portugal apadrinhou o projecto «100 mil bíblias» para as crianças da República Democrática do Congo, na língua Tshiluba, que lhes chegaram às mãos em Dezembro.

Médio Oriente, Quénia e milhares de missionários foram também destino do auxílio da AIS, fundada há 62 anos.

Catarina Martins de Bettencourt agradece aos benfeitores da Fundação pela sua generosidade e pela confiança depositada na AIS, pedindo que «nos ajudem a apoiar os muitos projectos com os quais nos comprometemos».

Ao longo do ano de 2008, a obra católica internacional apoiou os cristãos perseguidos e que passam por dificuldades em todo o mundo, respondendo a milhares de pedidos. Os dados são revelados no relatório anual divulgado na sede internacional da Organização, em Königstein, na Alemanha.

Os projectos de construção ficaram com a maior parte do total de apoios, mais concretamente com 27,5%. Seguem-se as intenções de missas com 15,5% e o apoio à formação e formação contínua teológica de sacerdotes, religiosos e leigos com 13,7%. A ajuda dos benfeitores da AIS foi aplicada também em sectores como a catequese, o apostolado nos meios de comunicação social, o fornecimento de veículos a agentes da pastoral, o apoio à evangelização e a ajuda de subsistência e de emergência.

Pierre-Marie Morel, Secretário-Geral da AIS lamenta, contudo, que não tenha sido possível dar resposta a dois mil pedidos de ajuda que chegaram a esta Obra Pontifícia. «A generosidade dos benfeitores cresceu para além do que pensámos ser possível, contudo quer o número quer a dimensão dos pedidos cresceu ainda mais», afirma.

Este responsável considera que «numa época de dificuldades financeiras» a generosidade dos benfeitores da AIS é «ainda mais notável». Mais de 55% das receitas da organização provêm de donativos individuais.

O relatório anual da Organização foi verificado e testado pela Ernst&Young AG. Baseia-se nos relatórios individuais dos vários secretariados nacionais e poderá ser enviado a quem o solicite.

AIS

Fundada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Fundação AIS é uma organização dependente da Santa Sé, tendo por objectivo apoiar projectos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica está em dificuldades.

No início, o trabalho da AIS consistia apenas em auxiliar os refugiados da Alemanha de Leste que fugiam da ocupação comunista, mas rapidamente se espalhou pelos campos de refugiados da Europa e da Ásia, pelas Repúblicas Populares comunistas, pela América Latina e pela África.

Os desafios são múltiplos: totalitarismo de esquerda ou de direita, fanatismo religioso, multiplicação de seitas, materialismo, falta de sacerdotes, etc. A Fundação esforça-se por responder aos apelos numerosos e urgentes que lhe chegam a todo o momento.

www.fundacao-ais.pt

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Agência ECCLESIA

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