Agregar ideias, multiplicar possibilidades

Gabinetes de Imprensa da Igreja debatidos nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, em Fátima

Dentro da Igreja, um bom gabinete de imprensa, proactivo, eficiente, capaz de agregar e difundir ideias, resolver questões, combater o erro e privilegiar a verdade, é cada vez mais uma necessidade neste mundo de comunicação tão global em que vivemos.

Um ano depois de ter sido abordada, nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais (JNCS), a questão da importância dos gabinetes de imprensa da Igreja, na edição deste ano fez-se nova análise do trabalho efectuado, nas diversas dioceses do nosso país, com resultados positivos. 

Dia 23, num debate moderado por Pedro Gil, director do Gabinete de Imprensa da Opus Dei, e onde estavam presentes diversos responsáveis diocesanos da área da comunicação, destaque para uma análise feita ao trabalho do gabinete de imprensa criado para acompanhar a visita de Bento XVI a Portugal, em Maio último.

Pedro Gil deu o mote, ao referir que “comunicação é também agregar ideias, multiplicar possibilidades”.

Durante a visita do Papa, foi isso que se procurou fazer, antes de mais, fornecendo aos jornalistas que iriam acompanhar o evento todas as informações necessárias, que lhes permitissem conhecer Bento XVI, o seu Pontificado e a sua linha de pensamento.

“Procurou-se também ter um cuidado muito grande com a formação dos jornalistas, muitos deles que geralmente não acompanhavam a área religiosa” explicou José D’Aguiar, membro da empresa Cunha Vaz, e que assessorou a comissão organizadora da visita de Bento XVI.

Realce para uma formação dada em Maio deste ano, a todos os jornalistas que iriam participar naquele evento, numa acção levada a cabo em Fátima.

Outras iniciativas positivas foram encontros com autores de blogues, colunistas, comentadores, directores dos mais variados órgãos de informação, tudo acções em que se procurou fornecer a todas as partes envolvidas, de forma inequívoca, as ferramentas necessárias a um bom acompanhamento da visita papal.

“A existência de uma estrutura, com caras e contactos, que está sempre atenta e pode acorrer às necessidades que vão surgindo é muito importante” reforça José D’Aguiar.

O aproveitamento das potencialidades que hoje a internet coloca à disposição das dioceses, permitindo-lhes estar mais perto da sociedade e das pessoas, é outra ferramenta que tem sido aplicada, de forma positiva, por diversos gabinetes de imprensa ligados à Igreja.

Quanto aos aspectos que ainda precisam de ser mais trabalhados, é preciso não esquecer que, por vezes, o silêncio, o mutismo, e o secretismo também são formas de comunicar, mas são “uma péssima comunicação”, como realçou o padre Manuel Morujão, secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa.

Ficou claro, durante o debate, que os gabinetes de imprensa da Igreja nunca devem esquecer o poder de situar, de informar, de esclarecer, sobretudo naquelas situações em que está em causa o tratamento de matérias sensíveis para a imagem das instituições e para a opinião pública.

As JNCS 2010 estão a realizar-se em Fátima, entre os dias 23 e 24 de Setembro, subordinadas ao tema “República-Comunicação-Igreja”.

No segundo dia de actividades, destaque precisamente para um painel com aquele nome, que contará com a participação de Emídio Rangel e Francisco Sarsfield Cabral.

Às 12h15, o director da Agência Ecclesia, Paulo Rocha, e o director-adjunto do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, António Matos Ferreira, apresentam uma edição especial do semanário Agência Ecclesia sobre o Centenário da República, preparada pelas duas instituições.

As Jornadas, organizadas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, serão encerradas por D. Manuel Clemente.

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