Africanos peregrinam a Fátima

Ritmos quentes e muita animação vão invadir este sábado o maior Santuário português Ritmos quentes e muita animação é o cartão de vista dos imigrantes africanos que amanhã rumam ao Santuário de Fátima. A animação está a cargo de várias comunidades africanas que representam um cultura muito vasta. Será assim a XIII Peregrinação dos Africanos ao Santuário de Fátima. Promovida pela Capelania dos Africanos no Patriarcado de Lisboa, este é um momento de encontro com a figura de Maria que, segundo o Pe. Gaudêncio Sangando, “assume um papel muito importante”. O responsável da Capelania dos africanos refere à Agência ECCLESIA que Nossa Senhora é muito importante para os imigrantes. “Até no seio das famílias, que encontram na figura de Maria o modelo para seguir mas também para animar a vida de todos os dias”. Pelos problemas familiares e pelo pesado fardo que as mulheres, especialmente assumem “ou pelo trabalho ou em casa”, encontrar consolo na figura de Maria, “anima e serve de modelo”. O Santuário de Fátima é um “símbolo para todos os cristãos”. Sobretudo na peregrinação, “esta é uma forma de gerar encontro entre pessoas que passam muito tempo sem se ver”, aponta o Pe. Gaudêncio Sangando. A partilha dos alimentos, o convívio que se estabelece são motivos para que de ano para ano a participação aumente. Momentos de convívio que servem também para partilhar problemas. Nesta peregrinação, os imigrantes levam também a esperança que a nova lei da imigração oferece. A entrada em vigor da lei “é para os imigrantes uma luz”, sublinha o responsável pela capelania dos africanos, habituado a acompanhar a situação de tantas pessoas sem documentos, que trabalham sem contrato, “que são exploradas e manifestam dificuldades de integração”. Tudo relatos de uma realidade muito próxima ao Pe. Gaudêncio Sangando. A esperança de realizar o seu projecto de vida “de forma digna é muito importante. Quando o africano vem para Portugal é porque quer viver a vida dignamente, porque não o conseguiu fazer no seu país”, explica, acrescentando que a lei vai favorecer uma maior integração. Amanhã e Domingo os africanos dirigem-se a Nossa Senhora com “esperança renovada para que a lei seja regulamentada e efective a vida das pessoas”, finaliza.

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