Dezenas de milhares de pessoas recordaram irmã Irene Stefani, das Missionárias da Consolata
Cidade do Vaticano, 23 mai 2015 (Ecclesia) – O Quénia viveu hoje um dia de festa com a beatificação da irmã Irene Stefani (1891-1930), das Missionárias da Consolata, conhecida como ‘Nyaatha’, a “mãe misericordiosa”, na língua Kikuyu.
A religiosa italiana chegou a território queniano em 1915 e trabalhou como enfermeira num hospital britânico durante a I Guerra Mundial, antes de instalar-se em Nyeri; morreu em outubro de 1930, aos 39 anos de idade, tratando de um homem doente com peste.
A cerimónia decorreu em Nyeri, cerca de 140 quilómetros a norte da capital Nairobi.
A Beata Irene Stefani dedicou-se ao trabalho na escola, na catequese e sobretudo na visita aos doentes.
O milagre atribuído à sua intercessão aconteceu em Moçambique, a 10 de janeiro de 1989, durante a guerra civil no país lusófono, quando a Renamo entrou na aldeia de Nipepe, levando mais de 200 pessoas a fugir para uma igreja.
Depois de várias horas de cerco, o padre Giuseppe Frizzi, missionário da Consolata, começou a rezar para pedir que todos se salvassem, com a ajuda da irmã Irene Stefani.
A oração foi repetida durante dois dias, quando 140 pessoas foram tiradas da igreja, carregadas e obrigadas a percorrer dezenas de quilómetros, na floresta; as outras 80 ficaram outro dia na Igreja, antes da saída dos homens da Renamo.
Segundo o relato de todos os presentes, que escaparam à morte, a água da fonte batismal correu sem parar durante os vários dias em que permaneceram fechados na igreja; o grupo dos 140 regressou a casa uma semana depois da saída, após ter escapado a execuções sumárias e campos minados.
A beatificação. Penúltima etapa na declaração de um fiel católico como santo, foi presidida pelo cardeal Polycarp Pengo, da Tanzânia.
RV/OC