O Arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, Laurent Monsengwo Pasinya, pediu “soluções partilhadas” para os conflitos armados e económicos que afligem o continente. Em entrevista ao jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, tendo como pano de fundo a próxima viagem do Papa a África e o Sínodo de Outubro, D. Pasinya diz que “as soluções para os conflitos armados e as lutas para a exploração dos recursos minerais não devem ser um fogo de palha, mas fundar-se no direito internacional”. Segundo este responsável, Bento XVI quer chamar a atenção do mundo para as esperanças e as contradições do continente africano, mas também para os massacres e as gravíssimas situações de pobreza. A II Assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos, diz o arcebispo congolês, que se realizará no Vaticano de 4 a 25 de Outubro, tem o objectivo de dar uma resposta às urgentes expectativas eclesiais e políticas. D. Laurent Monsengwo Pasinya, trata dos temas cruciais da actualidade africana, fazendo uma análise da última assembleia sinodal, em 1994, que exigiu uma segunda para aprofundar a questão da justiça, da paz e da reconciliação, um dos pontos fundamentais do programa de evangelização. “No primeiro sínodo despontou a imagem de uma Igreja na África, cuja evangelização e missão visava a construção da Igreja-família de Deus. No segundo, há a ameaça do regresso da «primeira guerra mundial africana»”, indicou.