Manifestações contra o presidente Joseph Kabila foram reprimidas
Cidade do Vaticano, 24 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco reforçou hoje no Vaticano o apelo ao fim da violência na República Democrática do Congo (RDC), após a repressão de protestos contra o presidente Joseph Kabila organizados por organizações católicas.
“Infelizmente continuam a chegar-nos notícias preocupantes” da RDC, disse, no final da audiência pública semanal, na praça de São Pedro.
“Por isso, renovo o meu apelo para que todos trabalhem para evitar qualquer tipo de violência. Pela sua parte, a Igreja mais não quer do que contribuir para a paz e o bem comum da sociedade”, acrescentou Francisco.
No último domingo, ainda no Peru, o alertava para as “notícias muito preocupantes” que chegavam da RDC, onde as autoridades reprimiram manifestações contra o presidente Joseph Kabila.
“Desde esta praça, com todos os estes jovens, peço às autoridades, aos responsáveis e a todos nesse amado país que façam o seu máximo esforço, a fim de evitar qualquer forma de violência e procurar soluções em favor do bem comum”, apelou Francisco, desde a Praça de Armas, em Lima.
Pelos menos seis pessoas morreram e 48 ficaram feridas na RDC, quando forças de segurança dispersaram manifestações convocadas pelo Christian Lay Committee (Comité de Cristãos Leigos) e outras organizações, católicas e da sociedade civil.
Um jovem morreu à entrada da igreja de São Francisco de Sales,
A Igreja Católica tem procurado mediar a crise política, dado que o último mandato do presidente Kabila terminou a 20 de dezembro de 2016 e a Constituição congolesa proíbe que o mesmo concorra a uma terceira eleição.
OC