Campala, 28 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje no Uganda com membros do clero e institutos religiosos, a quem pediu “fidelidade” ao testemunho dado pelos mártires cristãos do final do século XIX.
Numa celebração que decorreu na Catedral de Campala, Francisco deixou de lado o discurso que tinha preparado e apresentou uma breve reflexão centrada em três ideias centrais, “memória, fidelidade e oração”.
“Pelo sangue dos católicos ugandeses corre o sangue dos mártires, não percam a memória desta semente para que assim continuem a crescer”, apelou.
Segundo o Papa, o “principal inimigo da memória é acostumar-se a herdar os bens dos mais velhos”.
“As glórias passadas foram o princípio”, mas os religiosos de hoje são chamados a ser as “glórias futuras”, precisou.
A intervenção deixou um pedido particular aos sacerdotes, para que se ofereçam “para ir para outra diocese que precise de clero”, como missionários.
“O Uganda foi regado com o sangue de mártires, de testemunhas, e precisa de continuar a ser regado” para que a “pérola de África” não acabe “guardada num museu”, advertiu.
Francisco convidou os religiosos à oração e confissão frequentes, porque nenhum consagrado deve “levar uma vida dupla”.
Este foi o último evento público da viagem do Papa ao Uganda, iniciada na tarde de sexta-feira.
Francisco ruma este domingo de manhã à República Centro-Africana, última etapa da visita a África que começou no Quénia, esta quarta-feira.
OC