Papa Francisco convocou jornada mundial de oração e jejum pela paz para dia 23
Lisboa, 16 fev 2018 (Ecclesia) – A Igreja Católica na República Democrática do Congo denunciou a “escalada da violência” que provocou pelo menos 60 pessoas em apenas nove dias, entre 2 e 10 de fevereiro, em conflitos no leste do país africano.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informa que a Diocese da Província de Ituri alertou ainda para a fuga de milhares de pessoas: “20 mil deslocados internos, recenseados pela Caritas Bunia, e 60 mil refugiados no Uganda”.
Já o bispo de Bunia, D. Dieudonné Uringi, denunciou a passividade com que as autoridades reagiram a estes incidentes e assinalou que a Igreja não pode permanecer em silêncio face à “escalada de violência e desordem na região”.
A fundação pontifícia AIS que denunciou, recentemente, a detenção de sacerdotes, contextualiza que os incidentes na República Democrática do Congo são consequência da recusa do presidente cessante Joseph Kabila abandonar o cargo, quando o seu mandato já terminou em dezembro de 2016.
O Papa Francisco convocou uma jornada mundial de oração e jejum pela paz para a próxima sexta-feira, dia 23 de fevereiro, e evocou em particular as vítimas dos conflitos na R. D. Congo e no Sudão do Sul.
“Como noutras ocasiões similares, convido os irmãos e irmãs não-católicos e não-cristãos a associarem-se a esta iniciativa, das formas que julgarem mais oportunas, mas todos juntos”, disse, a 4 de fevereiro.
CB/OC