Cidade do Vaticano, 22 fev 2017 (Ecclesia) – O conselho de administração da Fundação João Paulo II para o Sahel está reunido até dia 25 de fevereiro em Dacar, no Senegal e vão ser examinados os projetos à espera de financiamento.
A fundação realiza, em nome do Papa, projetos contra a desertificação e destinados à gestão e desenvolvimento das unidades agrícolas para estruturas de bombeamento de água, para a melhoria da água potável e para as energias renováveis.
A Rádio Vaticano informa que para além da Igreja local, os projetos são desenvolvidos com a colaboração, em particular, das conferências episcopais Italiana e Alemã.
O organismo tem também por objetivo formar animadores, agentes sanitários, hidráulicos, talentos civis, mecânicos, agricultores, criadores de gado e silvicultores.
A Fundação João Paulo II para o Sahel nasceu para ajudar as populações do Burkina Faso, Níger, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Chade, a 22 de fevereiro de 1984.
Durante a reunião do conselho de administração que começou esta terça-feira vão ser examinados os projetos à espera de financiamento depois de em 2016 ter sido ajudados 43 projetos em seis países do Sahel.
Ao longo dos anos, a reunião desses países tem conseguido promover o diálogo inter-religioso e a “maioria dos beneficiários” são muçulmanos.
Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano entre os 20 últimos países da lista, 19 pertencem ao continente africano e sete estão localizados na região do Sahel.
Para além das crises alimentares, do consumo dos recursos naturais, sobretudo hídricos, a população é afetada também pela violência de grupos extremistas, acrescenta a emissora católica.
A Fundação João Paulo II para o Sahel deixou de pertencer ao Conselho Pontifício Cor Unum e agora faz parte das competências do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o seu vice-secretário, D. Giampietro Dal Toso, está a participar na reunião como observador da Santa Sé.
CB