Lisboa, 09 fev 2021 (Ecclesia) – A diretora de projetos da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) afirmou que a situação no norte da Etiópia “é alarmante” e que “centenas de cidadãos estão a ser mortos nos conflitos na região de Tigray”.
Regina Lynch sublinha, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, que a comunicação “é muito precária e há quase três semanas que a região está totalmente isolada do resto do mundo, sem internet ou telefone”.
Segundo a responsável da AIS, apesar de se desconhecer o número de mortos na região de Tigray, situada na zona mais setentrional da Etiópia, “fala-se que há padres e líderes da Igreja entre eles”.
Depois de lojas, escolas, igrejas e conventos terem sido “roubados e destruídos”, “milhares de pessoas fugiram das suas casas” e “muitos atravessaram a fronteira para o Sudão”, indica Regina Lynch.
A fundação pontifícia recebeu “a confirmação de uma série de mortes e ataques a pessoas inocentes em muitas partes da região e também na zona de Aksum”.
As eleições legislativas que deveriam ter ocorrido no final de agosto do ano passado foram adiadas por causa da pandemia do coronavírus; na região de Tigray, o partido nacionalista Frente Popular para a Libertação de Tigray (PFLT), organizou, sem autorização do governo central uma consulta popular, o que motivou uma crise política e levou à intervenção dos militares.
“Este é um problema político, mas aqueles que estão a pagar com a vida são os cidadãos e os civis, é uma situação terrível”, sublinha Regina Lynch.
LFS