África: Francisco chega ao Uganda

Viagem acontece no 50.º aniversário da canonização de mártires católicos

Entebe, Uganda, 27 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa chegou hoje ao aeroporto internacional de Entebe, no Uganda, para dar início a uma visita de 43 horas, marcada pela memória dos mártires cristãos do país africano.

Após um voo de cerca pouco mais de uma hora desde Nairobi, Quénia, onde tinha chegado esta quarta-feira, Francisco foi acolhido pelo presidente ugandês, Yoweri Kaguta Museveni, autoridades civis e religiosas, ao ritmo de danças tradicionais.

O Uganda foi o primeiro país africano a ser visitado por um Papa, quando Paulo VI viajou até Campala, a 29 de julho de 1969; João Paulo II também visitou esta nação, em 1993.

Segundo dados do Vaticano, 47% dos mais de 36 milhões de habitantes do Uganda são católicos.

O país viveu particularmente o drama das crianças-soldados, num início de século XXI marcado pela perseguição contra as populações Acholi, Lango, Kunam e Teso, no norte do país, às mãos do autodenominado Exército de Resistência do Senhor (LRA, sigla em inglês), liderado por Joseph Kony.

O Papa vai deslocar-se ainda hoje à cidade de Munionio, a 38 quilómetros da capital Campala, lugar onde o rei Mwanga tomou a decisão de exterminar os cristãos, em 1886.

A 25 e 26 de maio desse ano foram mortos os primeiros quatro mártires do Uganda, entre eles Santo André Kaggwa.

Já este sábado, depois de visitar o Santuário anglicano dos Mártires de Namugongo, Francisvo vai presidir a uma Missa no templo católico dedicado a São Carlos Lwanga, o mais conhecido dos mártires ugandeses, que integrava a corte de Buganda Mwanga e que foi morto durante as perseguições anticristãs de finais do século XIX.

Os mártires do Uganda foram canonizados a 18 de outubro de 1964, pelo Papa Paulo VI, no Vaticano.

OC

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