Conferência Episcopal espera que a situação seja averiguada pelas autoridades
Lisboa, 17 ago 2012 (Ecclesia) – A Conferência de Bispos Católicos da África do Sul (SACBC) condenou a “chocante escalada de violência” que esta quinta-feira levou à morte mais de 30 mineiros em Marikana, a cerca de 100 quilómetros de Joanesburgo.
Estas vítimas somam-se aos 10 mortos em confrontos entre trabalhadores de dois sindicatos rivais registados desde domingo no mesmo local, onde centenas de grevistas reclamavam aumentos salariais.
A Igreja Católica diz que “reza com as famílias dos que perderam os seus entes queridos em Marikana” e exige um “inquérito equilibrado à situação” que levou a este desfecho “trágico”.
“Qualquer perda de vidas humanas por meios não naturais é sempre uma tragédia”, conclui a declaração dos bispos, publicada na página do organismo na rede social Facebook.
O governo do ANC (Congresso Nacional Africano), os partidos e os sindicatos exigem um inquérito independente à atuação das autoridades, que, segundo o secretário-geral do sindicato mineiro NUM, Frans Baleni, provocou a morte a 36 pessoas.
A empresa proprietária da mina, a Lonmin PLC, reagiu em comunicado na quinta-feira à noite, assegurando que os mineiros que não fossem trabalhar esta sexta-feira iriam ser despedidos.
“Os grevistas continuam armados e a faltar ao trabalho. Isto é ilegal”, refere a nota, reproduzida pelas agências internacionais.
Lusa/OC