Responsáveis católicos denunciam aumento da violência e da insegurança, com «bombardeamentos aéreos, emboscadas, raptos, violações e ataques»

Roma, 14 jul 2025 (Ecclesia) – A confederação internacional da Cáritas associou-se hoje à declaração emitida pelos bispos católicos da Província Eclesiástica do Sudão do Sul, alertando para a crise humana no país africano.
Numa declaração intitulada ‘Que a justiça e a paz se abracem’, os responsáveis católicos apelam ao “fim imediato da violência”, e ao “acesso humanitário total e sem obstáculos a todas as áreas afetadas”.
A mensagem defende ainda criação de “corredores protegidos” para a entrega de ajuda humanitária e a isenção de impostos sobre os bens humanitários, para “permitir que as organizações religiosas e humanitárias prestem assistência aos mais vulneráveis”.
“Os bispos dirigem-se ao governo e ao povo do Sudão do Sul, reconhecendo o agravamento da crise política, social, de segurança, económica e humanitária que o país enfrenta”, assinala a ‘Caritas Internationalis’.
Os bispos descrevem o agravamento da situação em todo o país, com “um aumento da violência e da insegurança, marcado por bombardeamentos aéreos, emboscadas, raptos, violações e ataques violentos”.
“As comunidades estão a ser destruídas, as crianças estão a ser recrutadas à força para milícias e inúmeras famílias estão a ser deslocadas em meio à crescente fome e dificuldades económicas”, acrescenta a declaração.
O Sudão do Sul já não sofreu o suficiente? O povo já não suportou os horrores da guerra por demasiado tempo?”
Apesar dos compromissos verbais com a paz por parte do governo e dos líderes da oposição, os bispos “observaram uma falta de ação genuína, que continua a levar a nação ao caos, juntamente com o fracasso na implementação de acordos de segurança fundamentais ao abrigo do Acordo de Paz Revitalizado de 2018”.
OC