Milhões de pessoas continuam em risco por causa da fome
Lisboa, 05 ago 2011 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal do Quénia decidiu lançar um fundo de emergência (Catholic Charity Emergency Fund) para poder ajudar as vítimas da seca na região africana, revelou a agência Fides, do Vaticano.
Neste momento, estão a ser organizadas recolhas de alimentos em paróquias, secretariados diocesanos e outras estruturas da Igreja Católica.
A fome ameaça 13 milhões de pessoas na Somália, Etiópia, Quénia, Djibouti e outros países no chamado Corno de África, afetado pelas piores secas dos últimos 60 anos.
“Estamos todos profundamente preocupados com a crise provocada pela seca e o sofrimento de tantos quenianos. A nossa preocupação dirige-se a milhões de pessoas indefesas que correm o risco de morrer de fome e às muitas comunidades que perderam os seus meios de subsistência”, afirmam os bispos, em comunicado.
Segundo a Fides, embora a situação mais dramática seja a da Somália, o Quénia também sofre duramente a crise alimentar, tanto por receber no seu território centenas de milhares de somalis em fuga como pelas consequências da seca que atingiu diversas áreas do seu território.
Segundo os bispos, a escassez de chuvas de 2010 e deste ano provocou “a carência de alimentos, o forte aumento dos preços dos géneros alimentares, a falta de água, migrações e conflitos; desnutrição, abandono escolar de crianças e perda de bovinos”.
A atual crise requer a cooperação urgente da comunidade internacional, advertiu hoje, em comunicado a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
A FAO pediu ações “de forma imediata, para salvar as vidas e os meios de subsistência de milhões de camponeses e criadores de gado no Corno da África, abalado pela seca”.
OC