Responsáveis católicos falam em «assassinatos generalizados, tortura e violações»
Lisboa, 22 set 2017 (Ecclesia) – Os bispos do Sudão do Sul afirmam que a guerra civil que prossegue no país mostra um “total desprezo pela vida humana” e lembram as populações civis que estão “prisioneiras” deste clima de violência e destruição.
Numa carta pastoral partilhada na página online da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, os responsáveis católicos daquele país africano realça que em “todas as partes” encontram-se “fações e indivíduos” dispostos “a matar, roubar, saquear”.
Há “pessoas que foram trancadas em casa e queimadas”, muitas outras foram vítimas de “assassinatos generalizados, de tortura e violações” que são “crimes de guerra”, atesta o documento.
A Igreja Católica no país procura fazer a diferença, acolhendo as pessoas que precisam de ajuda, apoiando famílias e comunidades mais carenciadas.
No entanto, ela também tem sido um alvo constante dos grupos armados, que andam a “atacar igrejas e a destruir propriedades em todo o país”.
“Mesmo quando” as populações “procuram refúgio nas nossas igrejas ou nos campos de refugiados da ONU, continuaram a sofrer abusos por parte das forças de segurança”, frisam os bispos.
Devido ao conflito, “muitos foram forçados a fugir para países vizinhos”, decreve ainda a carta pastoral citada pela AIS.
JCP