África: Arcebispo congolês diz que paz na região dos Grandes Lagos é do interesse de todos

D. François-Xavier Maroy Rusengo está em Portugal para dar a conhecer a situação dos cristãos no seu país

Lisboa, 17 mai 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Bukavu, na República Democrática do Congo (RDC), D. François-Xavier Maroy Rusengo, disse à Agência ECCLESIA que a paz na região dos Grandes Lagos é uma responsabilidade de todo o mundo.

“A paz é sempre possível”, referiu o prelado, que visita Portugal até domingo, a convite da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Para este responsável, a “estabilização” da situação política na RDC seria fundamental para os países vizinhos e todo o continente africano, deixando críticas aos “fazedores de guerra”.

O prelado diz não ter “medo”, apesar de três dos seus antecessores terem sido assassinados.

“Sei que eles rezam por mim todos os dias, no céu, e eu não os posso trair”, sustenta.

A instabilidade política na região dos Grandes Lagos – República Democrática do Congo, Ruanda, Burundi e Uganda – causou milhões de mortos e de refugiados nas últimas décadas.

“Queremos o respeito pelos Direitos Humanos”, observa o arcebispo de Bukavu, para quem “é preciso fazer mais para estabilizar o Congo, os países da sub-região dos Grandes Lagos”.

D. François-Xavier Maroy Rusengo recorda que as riquezas nacionais destes países estão a ser exploradas “por outras nações e multinacionais” e que é por aí que é preciso “procurar soluções”.

Este responsável elogia os “projetos comuns” entre os bispos católicos da região e aponta o dedo a “pequenos grupos” que não param de “fazer sofrer” as populações locais.

A AIS, organização católica internacional, justifica o convite com a “situação dramática dos cristãos na República Democrática do Congo”, falando num país “onde os direitos humanos são espezinhados”.

Com conferências em Fátima (segunda-feira); Braga (terça e quarta-feira), Lisboa (quinta e sexta-feira) e Almada (sexta-feira), D François-Xavier Maroy Rusengo tem falado do “sofrimento e a perseguição” que sofre o seu povo “no meio da guerra civil, das pilhagens, violações, assassinados e mortes diárias”.

PA/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top