Lisboa, 04 jan 2018 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou que, pelo menos, “17 pessoas foram assassinadas a tiro” quando regressavam da Missa em Omoku, no estado de Rivers, no sul da Nigéria, no Dia Mundial da Paz.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia explica que homens armados dispararam sobre um grupo de fiéis na localidade de Omoku, a cerca de 90 quilómetros da cidade de Port Harcourt, capital do estado de Rivers.
Os cristãos regressavam a casa após a celebração da Eucaristia e, segundo a AIS, além dos 17 mortos, “cerca de uma dúzia de pessoas que ficaram feridas”.
A fundação contextualiza que as autoridades não atribuíram o ataque ao grupo terrorista islamita Boko Haram, que quer instaurar um “califado” no norte da Nigéria, mas o líder de uma das fações já reclamou a autoria dos ataques.
Neste contexto, e segundo a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, foi a aparente resposta à mensagem de Ano Novo do presidente nigeriano, na qual Muhammadu Buhari garantiu que o exército derrotou o Boko Haram.
Os últimos dados do Relatório da AIS sobre a Liberdade Religiosa na Nigéria informam que a religião “tem sido uma fonte de conflito” e não há números oficiais de filiação religiosa, com cristãos e muçulmanos a alegarem “constituir a maioria no país”.
A Nigéria é o país mais populoso de África, com mais de 180 milhões de pessoas e é uma república federal baseada no modelo dos EUA, tendo como lema ‘Unidade e Fé, Paz e Progresso’.
CB