Instituições cristãs discutem políticas anti-pobreza com representantes da União Europeia
A Comissão Igreja e Sociedade (CSC), em colaboração com a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE), a Cáritas e a Eurodiaconia promovem hoje, dia 30 de Setembro, em Bruxelas, uma conferência ecuménica e uma exposição subordinadas ao tema da pobreza.
Num ano dedicado à luta contra a pobreza e exclusão social na Europa, a iniciativa marcada para o Parlamento Europeu será “uma oportunidade única para trocar experiências acerca desta matéria”, sublinha um comunicado da COMECE.
Recorde-se que, no ano 2000, a União Europeia (UE) comprometeu-se a contribuir fortemente para a erradicação da pobreza, num prazo de 10 anos.
No entanto, segundo a COMECE, “os dados mais recentes referem que 84 milhões de pessoas, cerca de 17 por cento da população da UE, ainda vivem actualmente no limiar da pobreza”.
Este ano, a Comissão Europeia traçou uma nova estratégia, através da qual pretende retirar pelo menos 20 milhões de pessoas da pobreza, até 2020.
“Como é que podemos trabalhar em conjunto para que este novo compromisso traga, de facto, uma mudança?”, é a pergunta que CSC, COMECE, Cáritas e Eurodiaconia deixam no ar.
As quatro instituições cristãs vão ter oportunidade de procurar uma resposta a esta questão, em conjunto com alguns membros do Parlamento Europeu – representantes da Comissão Europeia e da presidência belga – e com responsáveis de diversas Igrejas europeias.
Numa segunda fase, será também apresentada “uma recomendação conjunta, para uma Europa social mais forte” pode ler-se ainda no mesmo comunicado.
Em Portugal, cerca de 2 milhões de pessoas vivem actualmente em estado de pobreza. O apoio à família, a educação e políticas de integração são três aspectos que têm vindo a ser considerados como fundamentais, por parte da Comissão Europeia, para erradicar o problema dentro dos Estados membros.