Advento: Presidente da Cáritas Internacional recorda drama de milhões de refugiados

Pessoas que à imagem da Sagrada Família enfrentam a «confusa espiral do exílio»

Cidade do Vaticano, 05 dez 2014 (Ecclesia) – A mensagem de Advento do presidente da Cáritas Internacional recorda o drama de milhões de refugiados que, tal como a Sagrada Família há dois mil anos, enfrentam hoje a “confusa espiral do exílio”.

Num documento publicado no site oficial da Caritas Portuguesa, D. Oscar Maradiaga sublinha que quem está atualmente deslocado da sua terra, sobretudo por causa da guerra e da violência, “cada dia tem de enfrentar novos hábitos, novas dificuldades”.

“Para muitos já era difícil ganhar a vida no seu próprio país. Por isso, num lugar novo, desconhecido, sem relações estabelecidas, lutam arduamente para encontrar trabalho. Têm de encontrar, de alguma forma, alimento para os seus filhos”, descreve o cardeal hondurenho.

Síria, Iraque e Sudão do Sul são hoje exemplos de países onde praticamente todos os dias famílias inteiras são obrigadas a deixar o seu país para trás, para escaparem à morte.

A luta pelo poder, a discriminação social e o extremismo religioso são os “Herodes” deste tempo, que fazem reviver uma e outra vez a fuga da Sagrada Família a caminho do Egito.

Só na Síria, de acordo com o Serviço Jesuíta aos Refugiados, a guerra já provocou a saída de mais de três milhões de pessoas.

“Como os refugiados sírios ou iraquianos de hoje – como quem foge do conflito no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo – a primeira coisa de que a Sagrada Família precisava era de comida” e no meio da sua tribulação “alguém se aproximou deles” e “os ajudou a encontrar o pão de cada dia”, recorda D. Oscar Maradiaga.

Para aquele responsável, a Cáritas tem a responsabilidade de continuar esta missão, de ajudar todas as “sagradas famílias” que, por uma ou outra razão, caíram nas periferias do mundo e “perderam tudo”.

Foi com esse objetivo que a organização católica idealizou por exemplo a campanha “Uma só família humana, alimentos para todos”, projeto apadrinhado pelo Papa Francisco em dezembro de 2013.

“Esta iniciativa é uma ocasião para as Cáritas de todo o mundo se unirem na procura de soluções que possam prevenir e combater a fome, e chegar às famílias mais necessitadas”, frisa o cardeal hondurenho.

JCP

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Agência ECCLESIA

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