Advento: Fraternidade em «tempo de nevoeiro»

Arcebispo de Braga escreve mensagem à diocese em tempos de crise

Braga, 01 dez 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga publicou a sua mensagem para o Advento, tempo de preparação para o Natal no calendário litúrgico católico ,que se inicia hoje, comparando-o a um “tempo de nevoeiro” que exige “fraternidade”.

“Há um caminho que nunca devemos ignorar neste tempo de crise: o caminho da fraternidade, pois é no rosto do outro que Deus vem ao nosso encontro, nomeadamente nos mais carenciados e desprotegidos”, refere o documento divulgado pelo site diocesano.

D. Jorge Ortiga fala num caminho onde a “única certeza” é a promessa da vinda de Jesus e relembra que este tempo “pode ser enriquecido” com os subsídios disponíveis em diversas plataformas.

“Importa estarmos atentos a todos os sinais que advêm da Liturgia da Palavra e da iconografia adventícia, para caminharmos com segurança”, assinala.

“Ao olharmos o plano pastoral da Arquidiocese, que faz a ponte entre a fé professada e a fé celebrada, notamos como a liturgia oferece estabilidade a este caminho, uma vez que detém duas finalidades: celebrar a glória de Deus e acolher a sua salvação, efetivada na noite de Natal”, escreve ainda.

Nesse sentido, a mensagem apresenta quatro perguntas para a diocese refletir no “tempo de nevoeiro e de procura (Advento)”: “Temos consciência de que a liturgia é uma ação onde damos glória a Deus e recebemos a sua salvação? A liturgia nutre a vida da comunidade, que é chamada a crescer na comunhão e na caridade? Há de facto uma estreita relação entre a celebração e a ação evangelizadora? Já compreendemos o significado profundo deste tempo do Ano Litúrgico?”.

D. Jorge Ortiga explica que mais do que o empobrecimento e o medo o maior perigo da crise é “destruir a esperança” porque “sem fé não há esperança” e desta forma o Advento “será somente mais um tempo de nevoeiro sem rumo no caminho”.

A sociedade educa para ter tudo sob controlo mas há nevoeiros “na vida pessoal e social que surgem inesperadamente”, explica o prelado que considera que nestas situações Deus responde “com uma surpresa”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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