Adeus a D. José dos Santos Garcia

D. António Couto lembrou «engenheiro de Deus» que foi um pioneiro na Missão

D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, lembrou o falecido D. José dos Santos Garcia como um “engenheiro de Deus”, pioneiro na acção missionária da Igreja Católica.

O prelado falava na homilia das exéquias do primeiro bispo da diocese de Porto Amélia (Pemba, Moçambique), que morreu no dia 10 de Dezembro, aos 97 anos de idade.

Para o presidente da Comissão Episcopal das Missões, D. José dos Santos Garcia foi “um pioneiro, um abridor de caminhos no mundo da missão”.

D. António Couto foi superior geral da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), de que D. José dos Santos Garcia era membro.

Ao longo da sua homilia, o bispo auxiliar de Braga tratou sempre o falecido prelado por «tu»: “Já não sei, amigo, quando te conheci pela primeira vez. Mas sempre te conheci velhinho e sábio”.

“Foste um pioneiro, amigo e irmão, pobre e santo”, acrescentou.

A Missa exequial teve lugar no dia 13, na igreja paroquial de Cucujães, Oliveira de Azeméis, junto ao Seminário das Missões, com a presença de vários bispos, sacerdotes e os responsáveis da SMBN.

D. José Garcia nasceu na Aldeia do Souto, Covilhã, a 16 de Abril de 1913. Foi ordenado presbítero a 25 de Julho de 1938. Tendo sido nomeado bispo de Porto Amélia (Pemba), em Moçambique, foi ordenado Bispo, em Nampula, a 16 de Junho de 1957.

D. António Couto lembrou a intervenção do falecido bispo nas “circunstâncias difíceis da guerra e da violência” e a sua destacada acção em Moçambique.

“Foste pioneiro. Como missionário, foste pioneiro. Semeaste e regaste o chão africano, ergueste um Seminário (o primeiro de Moçambique), fundaste a primeira Congregação Religiosa de Moçambique (as Filhas do Coração Imaculado de Maria), levantaste internatos, centros de saúde e escolas de formação onde se prepararam muitos e bons catequistas”, referiu o bispo auxiliar de Braga.

Após uma intervenção cirúrgica no hospital da Covilhã, D. José Garcia esteve alguns dias na casa sacerdotal da diocese da Guarda, tendo sido levado para Cucujães nas últimas horas da sua vida.

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