«Ad Limina»: Portugueses «não ficarão sacrificados» se acolherem refugiados

D. Jorge Ortiga reuniu-se com organizações do Vaticano que estão a preparar orientações

Paulo Rocha, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Roma, 11 set 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal e Mobilidade Humana (CEMH) afirmou em Roma que acolher refugiados não traz sacrifícios, mas será ocasião para “experiências maravilhosas”.

“Os portugueses não ficarão sacrificados porque ao cuidarmos dos outros iremos encontrar motivos, mesmo junto das entidades autárquicas e governamentais, para cuidarmos dos nossos”, afirmou D. Jorge Ortiga.

O presidente da CEMH visitou esta quinta-feira os Conselhos Pontifícios Justiça e Paz e para os Migrantes e Refugiados, no âmbito da visita ‘ad Limina’ que os bispos portugueses estão a realizar ao Vaticano, e tomou conhecimento das orientações que estão a ser preparadas para propor aos países europeus o acolhimento de refugiados.

“Na questão dos refugiados temos dois momentos: a emergência e depois proporcionar às pessoas estabilidade”, disse D. Jorge Ortiga, adiantando que “o povo português tem um coração muito acolhedor e fará experiências maravilhosas”.

“O povo português tem um coração muito grande. Temos muitas e graves necessidades na habitação, na alimentação e no trabalho. Mas nestas ocasiões, essas pessoas, que são seres humanos como nós necessitam ainda mais do que aqueles que aqui se encontram”, afirmou o arcebispo de Braga, em declarações aos jornalistas.

Para D. Jorge Ortiga, Portugal será um país “de passagem” dos refugiados rumo a outro país porque muitos “têm familiares noutros países e querem ir ao encontro desses familiares” ou “por razões económicas”.

D. Jorge Ortiga visita hoje o Conselho Pontifício ‘Cor Unum’, que coordena o setor das respostas sociais prestadas pelo Vaticano.

Os bispos de Portugal estão a realizar a visita ‘ad Limina’ ao Vaticano desde segunda-feira, dia em que se encontraram com o Papa, até hoje, num programa que inclui encontros com os diferentes organismos da Santa Sé.

PR

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Agência ECCLESIA

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