«Ad Limina»: 32 portugueses com processos de canonização no Vaticano

Casos do Beato Bartolomeu dos Mártires e da Irmã Lúcia com passos dados, nas respetivas fases

Paulo Rocha, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 09 set 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia disse hoje à Agência ECCLESIA que há 32 processos de canonização a decorrer no Vaticano, provenientes de 11 dioceses de Portugal.

Após o encontro dos bispos portugueses com a Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé), D. José Cordeiro referiu que foram informados sobre “todas as causas” que estão a decorrer no Vaticano, como as do Beato Bartolomeu dos Mártires, dos Pastorinhos de Fátima, de D. António Barroso ou da Irmã Maria do Divino Coração.

O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia, que faz a ligação com o Vaticano para estes processos, embora o trabalho seja sobretudo em cada diocese, adiantou que os vários processos são “gradativos” e estão em diferentes fases.

D. José Cordeiro referiu-se à conclusão do processo de canonização do Beato Bartolomeu dos Mártires, afirmando que os bispos de Portugal esperam “para muito breve” que o Papa decida pela “canonização equipolente” neste caso.

A conclusão dos processos de canonização dependem de realização de um milagre atribuído à intercessão do candidato ou pode também acontecer por decisão do Papa, num processo em que este reconhece a santidade sem a necessidade de um novo milagre, como aconteceu com São José Vaz (1651-1711), missionário no Sri Lanka que nasceu em Goa, então território português.

“Depois da fama de santidade, do reconhecimento pastoral e espiritual como é o caso do Beato Bartolomeu dos Mártires, o Papa Francisco pode decidir sobre isso e esperamos muito em breve essa sua decisão”, afirmou D. José Cordeiro.

D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra, que falou na Congregação para as Causas dos Santos sobre o andamento do processo de canonização da Irmã Lúcia, disse à Agência ECCLESIA que “está a andar a bom ritmo”.

“O processo teve um desenvolvimento muito grande sobretudo nestes últimos dois anos. Há uma Comissão Histórica a trabalhar, que tem nas mãos muitos milhares de documentos, tanto as cartas da Irmã Lúcia como o Diário, há um tribunal para ouvir as testemunhas, e já ouviu cerca de 40, e esperamos que no próximo ano a fase diocesana esteja concluída”, disse o bispo de Coimbra.

 Para D. Virgílio Antunes, o processo de canonização da Irmã Lúcia é o mais importante, “com grande relevância para Coimbra, para Portugal e para o mundo”, porque há muita gente, em todo o mundo, que pergunta “em que fase está o processo”.

O encontro dos Bispos de Portugal na Congregação para as Causas dos Santos aconteceu hoje, no Vaticano, depois do episcopado ter participado na audiência-geral desta quarta-feira, e insere-se no programa da visita “ad Limina”, que decorre até esta sexta-feira.

PR

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Agência ECCLESIA

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