D. José Traquina apresentou proposta, em visita ao Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
Cidade do Vaticano, 23 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, disse hoje em Roma que os bispos projetam a criação de um serviço para acompanhar as Instituições Sociais junto do Governo e, em Portugal.
“Esse serviço teria autoridade, em nome dos bispos, por exemplo, de estar com a União das Misericórdias e com a CNIS junto do Governo central, junto do Ministério da Segurança Social, para dizer quais são as nossas preocupações”, referiu o responsável católico aos jornalistas, após uma visita de membros da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ao Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).
O bispo de Santarém indicou que, na reunião, foi apresentado o projeto de criação de um “serviço estruturado” da CEP para acompanhar as Instituições de Solidariedade Social, representadas pela CNIS, e a União das Misericórdias Portuguesas.
Para D. José Traquina, a existência de um “interlocutor oficial” para o setor poderia oferecer uma “visão mais global”, funcionando como porta-voz das “preocupações” dos bispos.
O responsável precisa que esta missão seria de “acompanhamento”, sublinhando que as atuais confederações “cumprem a sua missão de representar as Instituições, como tal”.
“Estamos num momento de um belíssimo relacionamento, quer com a União das Misericórdias, quer com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade”, insistiu, sublinhando a “sintonia” que existe no trabalho conjunto.
Se viermos, e espero que sim, a constituir este serviço e instituí-lo, teremos mais facilidade em nos pronunciarmos de forma mais aprofundada e assumida, em conjunto”.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, com os seus dois secretariados (Pastoral Social e Pastoral da Saúde), acompanha oito organismos instituídos pela Igreja Católica em Portugal – Comissão Nacional Justiça e Paz, Cáritas Portuguesa, Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, Pastoral Penitenciária, Obra Católica Portuguesa de Migrações, Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, Pastoral do Turismo – Portugal e o ‘Stella Maris’ – Apostolado do Mar.
D. José Traquina sublinha, nesse sentido, a falta de um “organismo instituído” para acompanhar as Instituições de Solidariedade, para lá do trabalho desenvolvido por cada Secretariado Diocesano ou a nível pessoal, por cada bispo.
O responsável sublinhou que o encontro no Vaticano permitiu debater “boas práticas”, em várias áreas, destacando o acolhimento a iniciativas levadas a cabo em Portugal, na área do Turismo ou do Serviço Pastoral de Pessoas com Deficiência, particularmente durante a JMJ 2023.
O bispo de Santarém destacou ainda o “bom entendimento” que existe na rede da Cáritas, em Portugal.
Os bispos de Portugal realizam desde segunda-feira a visita ‘Ad Limina’, para diálogos com vários organismos na Cúria Romana e, na sexta-feira, dia final da iniciativa, com o Papa Francisco.
De acordo com o Gabinete de Comunicação da CEP, participam na visita ‘Ad Limina’ 20 bispos diocesanos, 5 bispos auxiliares, o bispo eleito de Beja e 2 bispos eméritos e o secretário, padre Manuel Barbosa.
PR/OC