Cón. António Rego lança «Um Ramo de Amendoeira» com editorais escritos para a Agência ECCLESIA O Cón. António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) da Igreja Católica em Portugal, lançou esta Quinta-feira, em Lisboa, a sua nova obra “Um Ramo de Amendoeira”, que reúne os editorais escritos ao longo dos últimos anos para o semanário Agência ECCLESIA.
O título da obra evoca uma passagem do livro do profeta Jeremias, no meio de um período negro de Israel.
Na apresentação do livro, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, bens Culturais e Comunicações Sociais, falou do autor como uma das “personificações mais interessantes do que pode e deve ser a comunicação social”.
Após salientar a “qualidade evidente e actualidade constante” da escrita do Cón. António Rego, o Bispo do Porto destacou três pontos fundamentais: “espírito, coração e engenho”.
“Mesmo quando denuncia, é de amizade que se trata”, sublinhou.
D. Manuel Clemente disse que “o tom caloroso” leva mais a uma “convivência com o autor” do que a uma leitura, “num exercício humanista, tanto pelo tema como pelo seu tratamento”.
“Tem desenvolvido em Portugal e na Igreja que o constituiu autêntico precursor e mestre”, acrescentou, classificando o autor como “maduro e fértil”.
O Cón. António Rego, por seu lado, explicou o contexto histórico em que viveu o profeta Jeremias, que presenciou duas destruições de Jerusalém, entre outras calamidades.
“Maior crise não era possível, mas descobriu no meio da dor o rosto de Deus”, personificado no ramo de amendoeira, símbolo do bem, do belo e do bom.
O director do SNCS admitiu que “a crise que vivemos parece ter varrido um conjunto de esperanças que alimentaram a nossa vida”, afirmando que, apesar disso, “é a ousadia da esperança que nos salva”.
“Este livro reconhece que nós não sabemos, como diz Santo Agostinho, o que é o tempo”, assinalou.
No prefácio da obra, o Cardeal D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, escreve que “o Cón. António Rego, na beleza da forma a que já nos habituou, na perspicácia de identificar aspectos sugestivos da actualidade, ajudou muitos a lerem a vida em chave cristã”.
“Aconselho os leitores a não quererem ler este livro, mas a procurarem nele, de cada vez, a página que os ajudará, num momento concreto, a lerem a vida à luz do Evangelho. O livro todo é a amendoeira; aconselho a que se colham, um a um, os frutos e as flores”, assinala.
Um conjunto de testemunhos aborda a obra e a figura do autor. A jornalista Isabel Stilwell fala de “aquela voz de rádio, tão especial” e da escrita de alguém que “viu sempre para além das aparências, que se envolveu em causas, que nunca deixou que a venda dos preconceitos lhe tapasse os olhos”.
O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, Pe. Tolentino Mendonça, diz que a escrita do Cón. António Rego consegue “fazer teologia no espaço sucinto de uma crónica”.
Roberto Carneiro, professor universitário, defende que “António Rego semeia Primaveras”. Saborear este ramo de amendoeira é ter o privilégio da outra leitura da história – a história da infinita misericórdia de Deus, a história extraordinária de uma salvação que se opera não pelos méritos de quem é salvo mas pela bondade de quem salva”, escreve.
O Padre António Rego nasceu na Vila de Capelas, S. Miguel, Açores, em 1941.
O jornalismo desde cedo caracterizou o estudante e, depois, o sacerdote: primeiro nos Açores, na imprensa, na rádio e na televisão, e depois em órgãos de comunicação nacionais.
Ainda jovem Padre criou um histórico programa de Rádio, de nome “Hoje é Domingo”.
Em Lisboa, escreveu semanalmente no “Diário de Notícias”. Uma rubrica que daria o nome ao seu livro “Palavra entre Palavras”. Na Agência ECCLESIA, os editoriais que escreveu desde 1996 foram reunidos noutro livro: “Deus na Cidade”.
Estudou Comunicação Social em França. Realizou centenas de programas na Rádio Renascença e na Radiodifusão Portuguesa.
Realizou mais de 1500 programas de televisão na RTP e na TVI, onde permanece como coordenador e realizador de emissões religiosas.
Efectuou reportagens de temática religiosa nos cinco continentes, de Pequim a Moscovo, da Noruega à Malásia, do Quénia à Amazónia, da Califórnia ao Equador, passando por todos os países lusófonos.
É professor de Comunicação Social na UCP e director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais. Em 2006 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como consultor do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.