Açores: Serviço Diocesano de Apoio à Liturgia promoveu formação musical no arquipélago

Aveiro, 24 nov 2014 (Ecclesia) – O vice-presidente do Coro da Catedral de Aveiro esteve na Diocese de Angra onde desenvolveu um trabalho de formação litúrgica para grupos corais, diretores de coros, organistas e cantores, nas várias ilhas e destacou a adesão “em massa”.

“Fiquei com um conhecimento muito positivo da realidade da música litúrgica nos Açores, não só pela participação em massa mas também pelas pertinentes perguntas que me foram colocadas durante a formação”, começa por explicar o padre Nuno Queirós sobre a formação promovida pelo Serviço Diocesano de Apoio à liturgia de Angra.

À Agência ECCLESIA, o sacerdote destacou ainda como pontos positivos a congregação dos coros e bandas de música, a presença do clero, que “trouxe os leigos à participação”, e de professores do conservatório que também “quiseram aprofundar a importância” da música na liturgia cristã.

“Foi muito positivo, também acabei por aprender muito nesta experiência na Diocese de Angra”, acrescenta o vice-presidente do Coro da Catedral de Aveiro.

O também professor de música no Seminário de Santa Joana Princesa, orientou sessões de formação na Ilha Terceira, no Pico, em São Miguel e ainda no Faial, onde a formação foi “distinta” devido ao encontro de grupos corais e filarmónicas que “sublinha e celebra” Santa Cecília, a padroeira dos músicos, na cidade da Horta.

“Ai o trabalho teve de ser muito mais de preparação desse encontro. Nas outras realidades foi formação a nível da música litúrgica, sobretudo os fundamentos, os princípios, questões muito concretas”, desenvolveu o padre Nuno Queirós.

O entrevistado revelou que as “questões muito concretas” centraram-se na música instrumental; na função e missão do coro; na preparação dos diretores e na importância do canto como “parte integrante e necessária da liturgia”.

Desta forma, o sacerdote nas ouvidorias (arciprestados) dos Açores apresentou ainda as “várias possibilidades práticas” de se colocar a “render o potencial” da pastoral da música nas comunidades.

As formações, de duas noites em cada ilha, foram “muito apoiadas na teoria”, nos documentos da Igreja sobre música litúrgica e sobre o “entendimento dessa dimensão pastoral” e como recurso o sacerdote utilizou exemplos musicais, cânticos através da projeção, gravações e vídeos.

O segundo encontro, comenta o padre Nuno Queirós, permitia apresentar como se entendem “as formas musicais na liturgia”, a “variedade” de formas musicais que a “liturgia pede” e a “diversidade” que existe no ano litúrgico.

Para o especialista, esta vertente da formação de adultos deve ser também formação para os ministérios, “não só na liturgia mas toda a vida cristã”.

Com esta iniciativa, o sacerdote de Aveiro destacou ainda o facto do Serviço de Apoio à Liturgia da Diocese de Angra estar “muito atento” à “necessidade de ir ao terreno”, ao encontro das pessoas para que a formação fosse “mais acessível” numa realidade que “é difícil por ser um território descontínuo”.

O padre Nuno Queirós está na Diocese de Aveiro desde 17 de novembro de 2013 mas, entre 2002 e 2008, foi monge beneditino da Abadia de São Bento de Singeverga, sendo organista, cantor e membro da comissão de Liturgia do mosteiro.

SN/CB

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