Açores: «Saída missionária da Igreja» passa pela aposta nos media

Bispo de Angra diz que a publicação de um semanário diocesano é um «problema em aberto»

Vila Franca do Campo, Açores, 06 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de Angra disse esta quinta-feira que a aposta na comunicação social na diocese concretiza o mandado do Papa de uma Igreja em saída e que um semanário na região é um “problema em aberto”.

“Se queremos ser uma Igreja missionária, temos de ir ao encontro das pessoas e procurar compreender e viver aquilo que as pessoas vivem e sentem”, disse D. António Braga à Agência ECCLESIA durante as Jornadas Diocesanas de Comunicação Social, que decorreram esta quinta-feira, em Vila Franca do Campo, na Ilha de S. Miguel.

“Espero que estas Jornadas despertem a nossa diocese para que procure pôr em prática o que o Papa recomenda continuamente: a saída missionária da Igreja”, pediu o bispo de Angra.

As Jornadas de Comunicação Social foram promovidas pelo Serviço de Comunicação Social da Diocese de Angra e pela Ouvidoria de Vila Franca do Campo, onde é publicado do semanário “A Crença”, que este ano celebra 100 anos de existência.

A publicação de um semanário de âmbito diocesano é, para D. António Braga, um “problema em aberto” desde o fecho do diário publicado em Angra do Heroísmo, o jornal “A União”, no final de 2012, pela “incapacidade financeira” para o sustentar.

“A Diocese quando fechou os jornais diários era com a intenção de ter um semanário. Isso não se realizou e apostou-se num portal da internet. O problema ficou em aberto”, recordou o bispo de Angra.

Para D. António de Sousa Braga, a transformação do jornal de Vila Franca do Campo “A Crença” em jornal da Ilha de S. Miguel e posteriormente da Diocese de Angra é uma possibilidade.

“Vamos ver se o jornal A Crença depois destes 100 anos dá um passo ulterior e se torna um jornal da Ilha de S. Miguel e mais tarde de toda a Diocese de Angra”, referiu o bispo diocesano.

Para o padre Ricardo Henrique, diretor do Serviço Diocesano para a Pastoral das Comunicações Sociais da Igreja, um jornal diocesano que chegasse a todas as ilhas “seria muito bom e muito positivo”.

“Pessoalmente penso que era muito bom e positivo e poderia ser uma espécie de jornalismo construtivo, a ajudar que as pessoas, dentro desta multiculturalidade, pudessem fazer a leitura da realidade de um modo mais consciente para puderem ter na sua vida escolhas acertadas”, referiu o sacerdote.

“Estranhamente ou não, nos Açores nunca se impôs um jornal regional, nem na Igreja nem a nível dos governos ou de outas entidade”, lembrou o diretor do Serviço Diocesano para a Pastoral das Comunicações Sociais.

Desde 2013, a Diocese de Angra apostou no portal www.igrejaacores.pt como meio de comunicação interno e externo.

As Jornadas de Comunicação Social na Diocese de Angra assinalaram os 100 anos do jornal “A Crença”, cujas comemorações continuam com realização de uma conferência pelo padre José Tolentino Mendonça, no dia 19 de dezembro.

PR

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