Açores: Romaria Escolar mobiliza «crianças e jovens» nos trilhos da religiosidade popular

Angra do Heroísmo, Açores, 08 mar 2018 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano de Apoio à Pastoral Escolar (SDAPE), nos Açores, vai promover este sábado uma Romaria Escolar que mobiliza “centenas de crianças e jovens” das escolas da Ilha de São Miguel.

“Durante um dia, as Unidades Orgânicas organizam-se, traçando e cumprindo um trajeto, no mínimo são percorridos 25 km, com entrada nas igrejas e ermidas, e que culmina com a celebração da Eucaristia”, disse hoje Bento Aguiar, em declarações à Agência ECCLESIA.

O diretor-adjunto do SDAPE explica que os objetivos da 17.ª Romaria Escolar são os mesmos que foram delineados aquando do início da iniciativa: «Pensar a Escola como um lugar de desafios pessoais; realizar uma caminhada de procura e afirmação de Fé; entender a religiosidade popular e o respeito pela Tradição; criar um espaço de reflexão e de comunicação».

A atividade que se realiza antes do final do segundo período letivo surgiu, inicialmente, na Escola Secundária das Laranjeiras, em Ponta Delgada, mas, de “imediato” foi assumida pelo Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Escolar, coordenação da Ilha de São Miguel.

O sítio diocesano ‘Igreja Açores’ dá o exemplo da Ouvidoria de Ponta Delgada onde a Romaria Escolar começa às 05h30, na Escola Secundária das Laranjeiras, com os romeiros a passarem por 11 igrejas e uma ermida; e Eucaristia, às 16h30, na igreja paroquial de São Roque.

O também coordenador da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) em São Miguel recorda que as Romarias remontam ao século XVI e resultam da “devastação e destruição causadas por terramotos” na ilha.

Se os jovens têm “apreço e devoção especiais” por manifestações de fé popular com “forte tradição”, Bento Aguiar refere que os professores de EMRC, “inseridos na cultura e tradição”, não podiam ficar “indiferentes aos nobres valores” que estão subjacente às romarias e a todas as formas de expressão popular e espontânea da fé.

Neste contexto, sublinha que, se as crianças e jovens aderem, então têm de “estar presentes e ajudar a fazer caminho” porque a religiosidade popular poderá ser “o ponto de partida para o estudo, reflexão e adesão mais consciente a Cristo”.

A Romaria Escolar conta com a presença de Romeiros que são “determinante” para que os participantes entendam “a dinâmica, o ritmo, a estrutura, a disciplina e a organização” de uma Romaria “a sério”.

“O seu papel é, também, determinante, ao nível dos Cânticos, nas estradas, na entrada e saída das igrejas”, acrescenta o diretor-adjunto do SDAPE.

Durante o atual tempo da Quaresma, a Diocese de Angra conta com 50 Ranchos e 2500 romeiros que estão a percorrer as estradas em penitência, em oração e são reconhecidos pelo bordão, o lenço, a sacola, o xaile, e o terço.

O coordenador da EMRC na ilha de São Miguel informa ainda que podem participar na Romaria Escolar todos os que fazem parte da comunidade educativa.

Bento Aguiar exemplifica que se destina a todos os alunos, professores e pessoal não docente e está ainda aberta à participação dos encarregados de educação, pais, avós, familiares e amigos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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