JMJ em Portugal pode ser «muito desafiadora para todos jovens e igreja em geral» – Padre Norberto Brum
Angra do Heroísmo, Açores, 25 jan 2019 (Ecclesia) – O Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Juvenil de Angra vai dinamizar um ‘Retiro Shalom Diocesano’, na ilha do Pico, rezando pelo sucesso da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que decorre no Panamá.
“É no fim de semana que o Papa vai estar mais presente e por isso vamos acompanhar de perto as suas palavras e os desafios que nos quer colocar. Teremos essas intenções e esses momentos bem presentes no nosso encontro”, disse o responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil, ao sítio online diocesano ‘Igreja Açores’.
O padre Norberto Brum explicou que no primeiro ‘Shalom Diocesano’ de Angra vão procurar ter “esta espiritualidade própria dos encontros de juventude”, e partilhar experiências, para “transpor estas vivências naquilo que é a vida e o quotidiano dos jovens” da diocese açoriana.
Segundo o sacerdote, as JMJ, iniciadas pelo Papa São João Paulo II em 1986, são um “desafio e um despertar” para a disponibilidade dos jovens, porque a “Igreja precisa” deles e “eles também precisam da Igreja”.
“Temos de ouvi-los, mas eles também têm de falar”, acrescentou, realçando que a edição internacional do encontro mundial de jovens é sempre “muito revitalizador”.
A Jornada Mundial da Juventude 2019 termina este domingo com a Missa de envio/encerramento presidida pelo Papa Francisco, que vai anunciar onde se vai realizar a próxima edição internacional deste evento, com uma candidatura apresentada pelo Patriarcado de Lisboa para 2022.
“Estamos muito expectantes em relação ao anúncio. Acreditamos que seja Portugal e isso será muito desafiador para todos jovens e a Igreja em geral. No momento em que os jovens são desafiados a serem protagonistas também a Igreja portuguesa é desafiada a um grande protagonismo”, desenvolve o padre Norberto Brum.
O primeiro ‘Retiro Shalom Diocesano’ de Angra, na ilha do Pico, entre hoje e domingo, dia 27, encerra a primeira de quatros etapas (uma por ilha) das também primeiras ‘Jornadas Diocesanas de Pastoral Juvenil’, que começaram na segunda-feira, com o tema ‘Ser + em Igreja: todos em missão’.
O responsável pelo Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Juvenil recordou que no último Sínodo dos Bispos (outubro de 2018), sobre ‘os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, a Igreja “desafiou os jovens a serem protagonistas”.
Neste contexto, o tema das jornadas diocesanas é ‘Ser +’ “não em quantidade, mas sobretudo em qualidade e em disponibilidade”.
“O que é que cada um de nós pretende ser na relação com Jesus, na relação com o outro, na relação com a nossa comunidade, com a nossa família; Este é o desafio de partida”, acrescenta o padre Norberto Brum.
‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra’ é o lema da 34.ª JMJ.
“Esta pergunta – Que Maria somos em cada uma das nossas ilhas? – também é muito desafiadora e está presente nas nossas reflexões”, observa o sacerdote.
As duas primeiras “pegadas”/etapas das Jornadas Diocesanas de Pastoral Juvenil de Angra decorreram ao longo desta semana nas ilhas do Faial e do Pico, e nos meses de fevereiro, março e abril continuam, respetivamente, nas ilhas das Flores – 20 a 24 de fevereiro, jornadas e retiro Shalom – e de São Miguel.
Esta iniciativa é uma “consequência prática” do primeiro Congresso Diocesano de Juventude, realizado em junho e julho de 2018, e as suas conclusões e as “propostas/ pedidos” apresentados pelos jovens açorianos são o “prato forte” da reflexão.
CB/OC
