«Uma atenção permanente aos mais necessitados numa lógica de Igreja sensível» – Piedade Lalanda
Angra do Heroísmo, Açores, 22 nov 2019 (Ecclesia) – O Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra, quer “tomar o pulso à ação concreta” dos 59 centros sociais e paroquiais nos Açores e enviou um inquérito para perceber qual é “o selo distintivo da igreja” na sua intervenção.
“Queremos saber se na ação dos nossos Centros há de facto esta marca distintiva de ser Igreja e que se traduz numa atenção permanente aos mais necessitados numa lógica de uma Igreja sensível, que acolhe e que ajuda os elementos da sua comunidade”, disse a diretora do serviço.
Sobre essa ação, ao sítio online diocesano ‘Igreja Açores’, Piedade Lalanda explicou que é numa lógica evangélica de “atenção permanente ao outro” e não “numa lógica meramente assistencial”.
Neste contexto, os cinquenta e nove Centros Sociais e Paroquiais no Arquipélago dos Açores têm até ao final deste mês de novembro para responder ao inquérito do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral Social de Angra.
Para além de um maior conhecimento do terreno, o questionário quer perceber o que distingue a ação dos Centros Sociais e Paroquiais, estruturas na dependência direta da Igreja, e as restantes Instituições Particulares de Solidariedade Social que intervém socialmente.
“Os centros sociais e paroquiais têm na sua maioria protocolos com o Governo mas a sua ação não pode ser indistinta”, assinala Piedade Lalanda, relançado que os mais esquecidos esperam da Igreja “uma sensibilidade e um olhar de consideração próprios”, assente “em princípios e valores” que emanam da Doutrina Social da Igreja.
O Serviço Diocesano da Pastoral Social de Angra tem projetado um encontro destas instituições, que vai ser organizado de acordo com as respostas recebidas, para a Primavera de 2020.
“Temos de perceber como é que as coisas estão a funcionar para definirmos prioridades e a formação adequada, se for caso disso. E, assim, o encontro servirá para acertar estratégias mas também para apresentar soluções e a formação pode ser também uma das necessidades”, adianta ainda a responsável.
O sítio online ‘Igreja Açores’ informa que a pobreza “continua a ser um dos problemas estruturais” do arquipélago português e, de acordo com o último estudo desenvolvido pela anterior equipa, as comunidades “debatem-se com vários problemas idênticos aos dos grandes centros urbanos mas numa escala diferente”, como dependências, do álcool e drogas; baixos rendimentos; falta de qualificação profissional; desestruturação familiar; dispersão geográfica, a falta de integração do trabalho em rede; vulnerabilidade laboral.
CB