Açores: Padre Nuno Fidalgo deixa mensagem de agradecimento e esperança, após passagem da depressão «Efrain»

«Todos somos em certa medida cocriadores neste planeta», lembrou sacerdote na ilha das Flores

Foto: Governo Regional dos Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 14 dez 2022 (Ecclesia) – O padre Nuno Fidalgo, ouvidor das Flores, na Diocese de Angra, partilhou palavras de agradecimento, de “esperança e confiança” com a população desta ilha dos Açores, destacando que nenhuma família ficou desalojada com os efeitos da depressão ‘Efrain’.

“Tenho de deixar um agradecimento a todos os que prestaram socorro à população das Flores, que mais uma vez foi confrontada com uma intempérie”, disse o padre Nuno Fidalgo, divulgou o sítio informativo ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, esta terça-feira.

O ouvidor da ilha das Flores destacou a ação dos bombeiros, da proteção civil, e dos funcionários das obras públicas e das autarquias que “evitaram o pior e ajudaram as pessoas”, partilhando uma palavra de “esperança e confiança” com a população.

“Felizmente, pensamos que o pior já terá passado, a Portos dos Açores disse que o Porto Comercial das Lajes está operacional e isso será um alívio para todos”, assinalou o sacerdote, indicando que os estragos são “claros”, mas os florentinos “já estão habituados a estas intempéries”.

Segundo o padre Nuno Fidalgo, na segunda-feira “verificou-se algum pânico”, nomeadamente “na corrida ao supermercado” e a alguns outros bens de consumos “como gás e combustíveis”.

O portal ‘Igreja Açores’ informa que por causa da depressão “Efrain” o mau tempo no arquipélago “provocou mais de meia centena de ocorrências” e teve um “impacto muito significativo” no porto comercial das Lajes, o único da ilha das Flores, que “já estava frágil” desde a passagem do furacão Lorenzo, em 2019.

Com a forte agitação marítima dos dias 10 e 11 de dezembro, pedras do antigo quebra-mar foram para o interior da baía do porto de Lajes das Flores e a infraestrutura portuária encerrou no sábado.

O ouvidor da ilha das Flores lembrou também que todas as pessoas são “responsáveis” por cuidarem da casa comum, para evitar contribuir para um agravamento das alterações climáticas.

“Todos somos em certa medida cocriadores neste planeta, por isso temos muita responsabilidade naquilo que fazemos neste mundo. Felizmente nas Flores em particular, e nos Açores em geral, ainda temos esta consciência e quem nos visita reconhece-o e contribui para a manutenção desta natureza em estado puro, mas na verdade temos de nos preocupar com algum excesso de consumo”, desenvolveu o padre Nuno Fidalgo.

A Proteção Civil dos Açores registou, desde sexta-feira, mais de meia centena de ocorrências relacionadas com o mau tempo nas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial, São Jorge, Pico e Flores, informa a Diocese de Angra.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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