D. António de Sousa Braga alerta que para além de bens é necessário “partilhar o tempo, as capacidades e competências” ao serviço do bem comum.
Angra do Heroísmo, Açores, 20 dez 2013 (Ecclesia) – D. António de Sousa Braga na mensagem natalícia, «a festa do encontro», alerta que para além de bens é necessário “partilhar o tempo, as capacidades e competências” ao serviço do bem comum e da justiça social.
“Natal é a festa do encontro: no seio da família e entre os amigos, nas instituições, entre responsáveis e utentes. Na época natalícia, há campanhas que levam ao encontro dos que estão sozinhos, ou são abandonados, dos carenciados ou excluído”, começa por assinalar o bispo da Diocese de Angra.
O prelado explica que Jesus “veio fazer da humanidade uma família de irmãos, que cuidem uns dos outros” o que implica “solidariedade e partilha” e alerta que “sem sobriedade não há partilha de bens”.
Segundo D. António de Sousa Braga, de Belém, onde nasceu Jesus, “põe-se em marcha uma nova sociedade, baseada na justiça, sem a qual não há verdadeiro amor ao próximo”.
“Não se pode calar a consciência, dando as migalhas que caem das nossas mesas. Urge atuar nas causas estruturais da pobreza”, desenvolveu o bispo que refere o Concílio Vaticano II para explicar que “compete aos fiéis leigos inserir-se e envolver-se nas realidades terrestres”.
Nesse sentido alerta que para além de partilhar bens é necessário partilhar “também o tempo, as próprias capacidades e competências, ao serviço do bem comum, da promoção da equidade e da justiça social”.
Na mensagem publicada no site da Diocese de Angra, D. António de Sousa Braga explica ainda que “sobriedade, justiça e piedade são ‘presentes’ que só o Deus-Menino pode dar”.
“Ele é a grande ‘prenda de Natal’, que nos torna, cada vez mais humanos, justos e fraternos, para construirmos, nestes altos e baixos da história, a ‘Civilização do Amor’”, observou.
CB/LFS