Açores: «O Espírito Santo fala-nos do presente e do futuro» – Padre Carlos Silva Ferreira

Diretor do Centro Universitário Pio XI salientou que este culto «é uma semente de fraternidade», nas Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada

Angra do Heroísmo, Açores, 12 jul 2024 (Ecclesia) – O diretor do Centro Universitário Pio XII (Lisboa) afirmou que o Espírito Santo “é a força motriz da vida pessoal e comunitária”, esta quinta-feira, na XXI edição das Festas do Espírito Santo de Ponta Delgada.

“O Espírito Santo é o grande protagonista do nosso tempo, da nossa história pessoal e coletiva. Ele é a força motriz da vida pessoal e comunitária, entendidas na sua dimensão espiritual e humana”, disse o diretor do Centro Universitário Pio XII, na igreja da Matriz de São Sebastião.

O padre Carlos Silva Ferreira acrescentou que, por isso, precisam de “redescobrir o Espírito Santo porque sem  Ele a Igreja é apenas memória”, informa o portal ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.

“Este culto compreende uma escola de valores, critérios, atitudes que podem tornar o mundo mais justo, mais harmonioso, mais humano e fraterno, mais perto do projeto de Deus, uma espécie de antecipação da experiência do reino de Deus, a soberania de Deus”, desenvolveu.

As Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, que “têm a capacidade de gerar tolerância, diálogo e cooperação”, decorrem até domingo, são promovidas pelo município açoriano, envolvendo as 24 freguesias do concelho e diversas instituições, associações, movimentos e grupos.

A XXI edição conta com “cerca de 60 eventos” de âmbito religioso, cultural e turísticos.

“O Espírito Santo fala-nos do presente e do futuro: comunidades que vivem na alegria da procura e da descoberta, que não temem o desafio, que arriscam a hospitalidade, o encontro e o diálogo”, realçou o orador convidado para a conferência inaugural sobre o ‘Culto do Espírito Santo’.

O diretor do Centro Universitário Pio XII (Patriarcado de Lisboa) explicou que a “fraternidade universal é um sonho”, e mesmo num contexto histórico difícil como o atual, “marcado por conflitos armados, algumas fricções sociais e religiosas, culturais”, esse sonho deve ser entendido “como um sonho diurno, uma esperança e uma profecia que se pode concretizar”.

“O culto ao divino Espírito Santo é uma semente de fraternidade, lançada na terra das nossas vidas e das nossas comunida

des; a nós cabe-nos dar continuidade a esta sementeira, continuarmos a ser semente no meio do mundo, uma semente frágil mas auspiciosa”, acrescentou o padre Carlos Silva Ferreira.

O pároco da igreja Matriz de São Sebastião, o cónego Adriano Borges, fez o acolhimento, o presidente da autarquia de Ponta Delgada que organiza as Festas do Divino Espírito Santo, Pedro Nascimento Cabral, também falou aos presentes.

“O Divino é a força vital do Povo de Deus”, realçou o sacerdote, que a partir de Ponta Delgada formulou o voto de que pela ação do Espírito Santo “as guerras que ensombram o mundo acabem”, que os dirigentes “sejam iluminados pela força do Espírito, que os ensine a fazer a paz”.

O portal ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra destaca do programa desta 21.ª edição das ‘Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada’, este sábado, “as sopas” e a distribuição das pensões (esmolas) pelas IPSS´s do concelho, e a Missa com a coroação, no adro da igreja Matriz de São Sebastião, que vai ser presidida pelo cónego Adriano Borges, este domingo.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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