D. João Lavrador apresenta-se solenemente à Diocese de Angra, com vontade de conhecer as ilhas e as suas gentes
Angra do Heroísmo, Açores, 29 nov 2015 (Ecclesia) – D. João Lavrador, bispo coadjutor da Diocese de Angra, toma hoje posse da sua nova missão, dois meses depois de ter sido nomeado pelo Papa Francisco.
A entrada solene na diocese açoriana começa numa cerimónia perante o Colégio de Consultores, às 16h30 (17h30 em Lisboa), na sala dos Atos do Paço Episcopal, a que se segue a Missa às 18h00, na Catedral de Angra, que vai ser transmitida em direto pela RTP-Açores.
Durante esta celebração, presidida pelo bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, vai ser lida a Bula de nomeação de D. João Lavrador, até agora bispo auxiliar da Diocese do Porto, pelo núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal, D. Rino Passigato.
A Missa vai contar com a participação do bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos e de D. Pio Alves, bispo auxiliar desta diocese e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais; do bispo de Setúbal, D. José Ornelas, e D. Gilberto Reis, emérito da mesma diocese; e o bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.
Além dos prelados, está confirmada a presença de vários sacerdotes diocesanos, das dioceses de Angra e Porto, e de vários responsáveis políticos regionais, de que se destaca o Presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro
O bispo coadjutor tem direito de sucessão de D. António de Sousa Braga, que em março de 2016 completa 75 anos de idade, idade máxima determinada pelo Código de Direito Canónico para o desempenho da sua missão.
Na Bula de nomeação, o Papa Francisco sublinha as “devidas qualidades” e “idoneidade” de D. João Lavrador para assumir o ministério de coadjutor de Angra “com todos os direitos, faculdades e obrigações pertinentes”.
O Papa refere que e esta nomeação resulta de um pedido “insistente” do bispo de Angra, o qual foi operado em março deste ano a um tumor pulmonar.
D. João Lavrador vai iniciar a sua missão nos Açores com o desejo de encurtar distâncias, tanto entre ilhas como com o continente, para valorizar o contributo do arquipélago no plano nacional.
“Não temos a consciência verdadeira de que a Igreja em Portugal é um todo e os Açores – e permitam-me que fale também na Madeira, porque é outra realidade de entrada – são de pleno direito e com a mesma dignidade Igreja em Portugal”, disse, em entrevista à Agência ECCLESIA e o portal informativo ‘Igreja Açores’.
A Igreja Católica nos Açores é o destaque da mais recente edição do Semanário ECCLESIA, no qual o bispo coadjutor defende uma “unidade e comunhão” entre as várias dioceses.
Natural da Diocese de Coimbra, o prelado admite que chega aos Açores com o desejo de “conhecer longamente” a realidade local, “ser açoriano com os açorianos”.
O prelado de 59 anos foi ordenado sacerdote em 1981 e bispo em 2008, após ter sido reitor do Seminário Maior, professor de Teologia no Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra e dinamizador da Pastoral da Cultura e Universitária nesta diocese.
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