Açores: Jovens da «Aldeia da Esperança» convocados para a promoção dos valores da «vizinhança, proximidade, entreajuda»

D. Armando Esteves Domingues presidiu à Missa de abertura e pediu aos jovens que não tenham «medo de influenciar vidas»

São Jorge, Açores, 22 jul 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra destacou o valor das aldeias, como a “vizinhança, proximidade, espírito de entreajuda”, na Missa de abertura da ‘Aldeia da Esperança’, na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, na Ilha açoriana de São Jorge.

“Quereis ser carta escrita, fermento ou massa? Vós sois carta escrita… não em pedra, mas pelo Espírito Santo no vosso coração”, disse D. Armando Esteves Domingues, esta segunda-feira, dia 22 de julho, citado pelo portal online ‘Igreja Açores’.

Cerca de 300 jovens de várias ilhas dos Açores inscreveram-se na ‘Aldeia da Esperança’, aos presentes na Missa de abertura, o bispo de Angra convidou-os a refletirem sobre o seu papel no mundo atual pediu: “Não tenhais medo de influenciar vidas”.

D. Armando Esteves Domingues destacou o valor das aldeias e incentivou à construção de uma “aldeia verdadeira”, alicerçada em valores como a “vizinhança, proximidade”, o trabalho partilhado, e “espírito de entreajuda”, o espírito comunitário.

“Este é um bocadinho de paraíso para onde fomos chamados”, assinalou o aldeão número 1 da ‘Aldeia da Esperança’, o bispo diocesano foi o primeiro a inscrever-se na ‘Aldeia da Esperança’.

A homilia ficou ainda marcada por uma “homenagem ao Papa Francisco”, com referência às suas encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti, e ao apelo por um mundo onde “ninguém se salva sozinho”, o desejo é que “o mundo se torne uma aldeia”, que todos se sintam chamados por Deus à missão comum.

Na celebração presidida pelo bispo de Angra, e concelebrada por uma dezena de sacerdotes, quase todos ligados à juventude, foi feita uma referência a um mundo em crise, com referências às guerras em Gaza (Palestina) e na Ucrânia, recordando que mesmo “neste cantinho”, a solidariedade e a fé podem mudar realidades.

“O nosso líder é Jesus. Ele é quem nos congrega”, concluiu D. Armando Esteves Domingues.

O assistente do Serviço Diocesano da Juventude explicou que “foram vários meses de preparação”, na expectativa de chegarem ao “grande dia” da abertura da ‘Aldeia da Esperança’, que vai terminar sexta-feira, 25 de julho.

“Começamos a viver hoje os frutos do trabalho de muitos meses; temos de assumir esta esperança e ver como cada um destes jovens pode ser uma semente de Esperança até ao céu”, desenvolveu o padre João da Ponte, ao portal ‘Igreja Açores’.

O portal online da Diocese de Angra, informa que, esta terça-feira, chegam mais jovens, nomeadamente um grupo de São Miguel, o voo foi cancelado.

O kit dos peregrinos foi feito de materiais ecologicamente sustentáveis – mochila, uma t-shirt, um boné e um copo -, a ‘Aldeia da Esperança’ decorre numa Reserva da Biosfera; o Governo Regional declarou-a iniciativa de interesse público.

Esta atividade destinada aos jovens – reúne pessoas de sete ilhas dos Açores, não participam de duas, as ilhas do Corvo e da Graciosa – está organizada em três jornadas: ‘Dia de Contemplação’, com dois trilhos; o ‘Dia da Descoberta’, constituído por várias oficinas, orientadas por congregações religiosas; o ‘Dia de Ação’, com atividades de campo, do cuidado da natureza ao cuidado do outro; as noites são, sobretudo, para atividades culturais, como concertos, cinema ao ar livre e vigília.

Para este encontro diocesano, com o tema ‘Jovem, anda p’ra cá’, foi criado um hino, intitulado ‘Sementes do Céu’, com letra de Ana Torcato e Grupo ‘Apressados da Vila’ e a música de Paulo Pimentel.

CB/PR

A ‘Aldeia da Esperança’, um acampamento inspirado no modelo da Comunidade Ecuménica de Taizé (França), é desenvolvida pelo Grupo Coordenador do Jubileu da Diocese de Angra, pela Ouvidoria (conjunto de paróquias) de São Jorge e pelo Serviço Diocesano à Juventude, com o apoio do CNE – Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico), começou esta segunda-feira, e vai termina no dia 25 de julho, sexta-feira.

Várias congregações religiosas estão também a participar neste encontro, nomeadamente as Irmãs de São José de Cluny, a Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, a Congregação das irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, a Congregação Aliança de Santa Maria, os Salesianos de Dom Bosco e os Irmãos de São João de Deus (Hospitaleiros).

Esta aldeia dos jovens açorianos, durante estes cinco dias, conta com um Hospital de Campanha, da Cruz vermelha Portuguesa, a presença em permanência do Corpo de Bombeiros da Calheta, e o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, através dos serviços do ambiente na ilha bem como das Câmaras Municipais da Calheta e de Velas.

A ‘Aldeia da Esperança’ da Diocese de Angra é uma das celebrações diocesanas do Ano Santo 2025, o Jubileu dedicado ao tema da Esperança convocado pelo Papa Francisco, e promover um encontro entre os jovens, Deus, a natureza e uns com os outros; realiza-se numa data próxima do Jubileu dos Jovens, que vai decorrer de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma.

 

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