Vasco Cordeiro diz que é preciso trabalhar por uma sociedade «que integre mais»
Angra do Heroísmo, Açores, 30 nov 2015 (Ecclesia) – O presidente do governo regional dos Açores frisou a disponibilidade do poder político em colaborar com a Igreja Católica local na resposta aos desafios das populações, sobretudo das mais necessitadas.
Vasco Cordeiro abordou a questão no final da missa de apresentação do novo bispo coadjutor da Diocese de Angra, D. João Lavrador.
Numa das suas primeiras intervenções depois de assumir funções, D. João Lavrador destacou a importância de uma “aliança” entre a Igreja Católica e os responsáveis políticos do arquipélago.
“Porque sentimos que há franjas da humanidade que estão afastadas, colocadas nas periferias económica, social, cultural e religiosa, quero manter com elas uma implicação que não só as auxilie a assumirem um papel de promoção integral mas que ajudem a sociedade a saber olhar-se com novas prioridades”, acrescentou.
O presidente do governo regional dos Açores respondeu dizendo que passa a contar “com mais um aliado, com mais um parceiro, na pessoa de D. João Lavrador que, na sua intervenção, de forma muito clara deu nota deste interesse, desta atenção de desenvolver um trabalho que possa resultar no bem comum”.
“E assim sendo, só pode contar com todo o apoio, com toda a colaboração do Governo Regional, como o Governo naturalmente espera que nesse campo, possa contar com esse apoio”, concluiu Vasco Cordeiro.
Aquele responsável destacou a existência no território açoriano de “desafios muito concretos”, sobretudo na “construção de uma sociedade que integre mais, que tenha cada vez mais a capacidade de chegar onde muitas das vezes os poderes públicos não conseguem chegar”.
“E desse ponto de vista, instituições como a Igreja por exemplo conseguem mais facilmente chegar onde os poderes públicos por vezes não chegam”, admitiu.
D. João Lavrador chega aos Açores depois de sete anos ao serviço da Diocese do Porto, como bispo auxiliar.
O prelado, natural da Diocese de Coimbra, será o 39º bispo de Angra, primeiro como coadjutor e depois como sucessor de D. António de Sousa Braga que, em março de 2016 completa 75 anos de idade.
A idade considerada máxima pelo Código de Direito Canónico para o desempenho da missão episcopal.
JCP