Bispo de Angra destaca valor da mostra inserida no centenário da Ouvidoria da Povoação
Angra do Heroísmo, Açores, 26 ago 2016 (Ecclesia) – O bispo de Angra manifestou apreço pela realização da exposição ‘Itinerários de Memória Eucarística’ que “oferece um percurso histórico e vivencial” que vai ajudar a edificar “uma verdadeira comunidade cristã”.
Numa nota enviada à organização do evento cultural, D. João Lavrador, assinala que a exposição “realça o valor da Eucaristia” que, através de um conjunto de sinais, recorda como os antepassados “viveram profundamente” essa relação e hoje vai ajudar a “viver a Eucaristia de forma ampla e profunda, edificando uma verdadeira comunidade cristã”.
A exposição de arte sacra comemora o centenário da Ouvidoria (arciprestado) da Povoação, na Ilha de São Miguel (Açores), e realiza-se pelas Festas da Mãe de Deus podendo ser visitada entre 2 e 5 de setembro, no auditório municipal.
O sítio ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, destaca que na mostra dedicada à Eucaristia vai reunir pela primeira vez algumas alfaias litúrgicas de todas as igrejas paroquiais do Concelho de Povoação.
Para o coordenador geral do evento, a “singela” exposição ‘Itinerários de Memória Eucarística’ tem a missão de nos colocar em contacto com peças que, pela sua função, valem muito mais que o seu valor material
“É imperioso realçar sempre que cada cálice, cada custódia, cada píxide, vale infinitamente mais que o seu peso em prata porque está ao serviço do transcendente”, referiu o padre Ricardo Pimentel, Ouvidor Eclesiástico da Povoação.
O sacerdote sublinhou ainda que retirar cada alfaia litúrgica do contexto sagrado “é empobrecer e reduzir o seu valor”.
Por sua vez, a investigadora e historiadora Susana Goulart Costa, observou que a exposição “materializa” o testemunho do centenário da Ouvidoria da Povoação com um olhar sobre as seis igrejas das paróquias da Mãe de Deus.
“Oferece-se ao olhar do visitante alguns dos principais símbolos da Eucaristia, celebrando-se com eles a festa da Vida. O valor de cada uma das peças é, ele próprio, uma cruz, onde se cruzam a memória do sacrifício divino, a devoção dos crentes e a dádiva da fé na Eucaristia”, desenvolveu.
O sítio diocesano ‘Igreja Açores contextualiza que a Povoação em 1916 “atingia a sua emancipação eclesiástica” com a criação da sua ouvidoria por decreto episcopal de D. Manuel Damasceno da Costa, de 24 de abril; O então bispo de Angra e ilhas dos Açores desanexou o Arciprestado da Povoação da Ouvidoria de Vila Franca do Campo.
CB/OC