Vigário-Geral da Diocese de Angra participou em reunião promovida pela Conferência Episcopal
Fátima, Santarém, 05 nov 2014 (Ecclesia) – O vigário-geral da Diocese de Angra revelou que o desafio de promover a renovação da pastoral está a ser assumido nos Açores com “expectativa e sentido de corresponsabilidade”.
“Demorou algum tempo até que saísse um documento final. De facto, o último de 2013 não correspondia às expectativas, sobretudo porque num documento intermédio havia propostas mais concretas, parecia que vinham de alguém que estava mais no terreno”, revelou o padre Hélder Fonseca à Agência ECCLESIA, esta terça-feira em Fátima, durante uma reunião promovida pela Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, sobre o projeto ‘Promover a renovação da pastoral da Igreja em Portugal’.
O sacerdote assinalou que as nove ilhas açorianas assumiram o repto lançado em abril de 2013 pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), com “expectativa e sentido de corresponsabilidade no trabalho pastoral” e destaca a “grande participação” no início do processo de auscultação no arquipélago.
Nesse sentido, o padre Hélder Fonseca assinala que o processo “não foi consequente”, face à adesão inicial.
Para o também professor de Teologia Pastoral, no Seminário de Angra, o “movimento pode ser nos dois sentidos”, das dioceses para a CEP ou a partir de um órgão nacional que reúna as “linhas mestras dos programas diocesanos de pastoral”, “iniciativas nacionais”, para que estas não atuem “cada uma por si” mas “no seu todo”.
Segundo o sacerdote, existem interesses comuns que a realidade humana “impõe” e essa “homogeneidade cultural e humana” é um “desafio externo” que “obriga” a fazer este trabalho de debate e partilha para promover a renovação da Pastoral da Igreja.
Na Diocese de Angra, o vigário-geral destaca o investimento na comunicação interna e externa, que surgiu depois do documento da CEP, “nenhuma diocese ficou à espera senão não existiam programas diocesanos”.
A Igreja Católica nos Açores é a instituição mais antiga do arquipélago e mesmo com os seus 480 anos, que celebra esta semana, “não há consciência da diocese ou da região porque a grande consciência é de ilha”, comenta o padre Hélder Fonseca.
Nesse sentido, e porque a despesa de manter empresas e jornais nas diversas ilhas era dispendiosa, a diocese optou por criar um órgão de comunicação social digital, o portal Igreja Açores, “que fornece elementos de comunhão e comunicação para a Igreja”, e atua também como “agência noticiosa para os jornais generalistas da região”.
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