«Estávamos ansiosos por saber quando acolheríamos a Cruz e o ícone de Nossa Senhora» – Padre Norberto Brum
Angra do Heroísmo, Açores, 08 jul 2021 (Ecclesia) – O Comité Organizador Diocesano (COD) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Angra afirma “entusiasmo, alegria e sentido de compromisso” com a peregrinação dos símbolos que regressam aos Açores em junho de 2022, 12 anos depois.
“Estávamos ansiosos por saber quando acolheríamos na nossa diocese a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, uma vez que a primeira proposta de programação e peregrinação teve der ser suspensa em virtude da situação de pandemia que se vive”, disse o padre Norberto Brum ao portal ‘Igreja Açores’.
O responsável afirma que “foi com enorme entusiasmo, alegria e sentido de compromisso” que o Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil de Angra recebeu a notícia que a diocese “receberia em junho do próximo ano” os dois símbolos.
A Cruz de madeira e o ícone de Nossa Senhora vão peregrinar pelas 21 dioceses católicas de Portugal a partir de novembro deste ano, até julho de 2023.
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude regressam à Diocese de Angra 12 anos depois da sua primeira peregrinação aos Açores, onde estiveram dois dias na ilha de São Miguel, em agosto de 2010, no contexto da Jornada Mundial da Juventude Madrid 2011.
“Para já, não existe um programa específico e detalhado, uma vez que, dada a dispersão geográfica da nossa diocese, temos de estabelecer uma série de contactos e parcerias, recolher apoios logísticos, nomeadamente no que às deslocações inter-ilhas diz respeito”, referiu o padre Norberto Brum.
O COD de Angra pretende que os símbolos “percorram todas as ilhas” do arquipélago mas a dimensão “é um entrave a uma fácil mobilidade”.
A cruz de madeira mede 380 cm de altura e pesa 31 kg; os braços medem 175 cm de largura e os painéis em madeira medem 25 cm de largura, e o Ícone de Maria mede 118 cm de altura, tem 79 cm de largura e 5 cm de profundidade, pesando 15 Kg.
“Se não vier a ser possível, queremos que esta peregrinação aconteça no maior número possível de ilhas, mas o nosso desejo e objetivo, partilhado também pelo nosso bispo, é que todas as ilhas recebam os símbolos da JMJ”, acrescentou o padre Norberto Brum.
A Cruz da JMJ foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens em abril de 1984 e marcou o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; em 2000, o mesmo pontífice confiou aos jovens uma cópia do Ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’.
“Estamos certos que a peregrinação não só será um momento alto na caminhada de preparação para a JMJ Lisboa 2023, como um momento de renovação e aprofundamento da Pastoral Juvenil na nossa diocese”, conclui o coordenador do COD de Angra, divulga o sítio online ‘Igreja Açores’.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no de Cristo Rei (até ao ano passado, a celebração decorria no Domingo de Ramos), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
CB/OC