D. João Lavrador, novo bispo de Angra, elogia ação «marcante» do seu predecessor
Angra do Heroísmo, Açores, 15 mar 2016 (Ecclesia) – O Papa aceitou hoje a renúncia de D. António de Sousa Braga à sua missão de bispo da Diocese de Angra, iniciada em 1996, no dia em que completou 75 anos de idade.
O prelado açoriano é substituído por D. João Lavrador, até agora coadjutor da diocese, que numa nota enviada à Agência ECCLESIA deixa palavras de apreço e “agradecimento” ao agora bispo emérito de Angra.
Durante estes quase vinte anos, refere D. João Lavrador, “foi marcante a sua ação pastoral junto dos sacerdotes, dos diáconos, dos consagrados e dos leigos”, sublinhando a “manifesta proximidade e sintonia com as pessoas, qualquer que fosse a sua condição, e a sua capacidade de diálogo com as diversas instituições públicas”.
O novo bispo diocesano manifesta “um sentimento de reconhecimento pelo maravilhoso trabalho pastoral” que D. António de Sousa Braga “realizou nesta que é a sua diocese”.
A nota deixa um agradecimento “pelo seu testemunho de bondade, de profunda fé, vasta cultura, de generosidade, de proximidade e da entrega total com que se dedicou à sua tarefa pastoral”.
“A sociedade da Região Autónoma dos Açores habituou-se a admirar o bispo desta diocese ao longo destes vinte anos e a diocese Que serviu tão generosamente fica com as suas profundas marcas de bom pastor que se entregou totalmente pelos seus diocesanos” refere ainda D. João Lavrador.
A Diocese de Angra vai “oferecer um gesto de reconhecimento e de gratidão” ao agora bispo emérito numa celebração a realizar no próximo dia 30 de junho, quando completa os seus 20 anos de ordenação episcopal e de início da sua atividade episcopal nesta diocese.
“Nesta hora voltamo-nos para o senhor D. António Braga para lhe dizer quanto recebemos dele, quanto em nós ficam as suas qualidades de homem bom e de Pastor exemplar, para lhe afirmar que esta continua ser a sua diocese, para lhe testemunhar a nossa profunda gratidão e para lhe solicitar a sua presença para nos continuar a acompanhar e a ajudar com a sua sabedoria”, refere o novo bispo de Angra.
D. António de Sousa Braga, que foi bispo de Angra durante quase 20 anos, fala numa experiência “muito positiva e empolgante”.
“Neste momento que estou a entrar na reforma só tenho de agradecer a todos os colaboradores a nível da diocese, seja a nível civil dos serviços ligados à República, ao governo regional, autarquias”, disse D. António de Sousa Braga à Agência ECCLESIA.
O 38.º bispo de Angra, apenas o segundo nascido nos Açores, é cidadão honorário de Angra do Heroísmo, tendo recebendo igualmente as chaves de honra da cidade, e assume que está “inserido na sociedade” como um “cidadão de facto”.
“Recebo muito como bispo no seu serviço mas também a cidade recebe muito com a presença do bispo”, acrescentou, desejando a mesma “atitude de diálogo e abertura” com o seu sucessor.
D. António de Sousa Braga assinala ainda o “contributo” dos padres nas diversas ilhas depois da “experiência comum” no Seminário de Angra, onde estava presente a “ideia de unidade nos Açores”.
“Ainda hoje, se queremos fazer alguma coisa a nível da região isso passa pela diocese, que está presente em todas as ilhas através das paróquias e organização, ouvidorias (arciprestados)”, acrescentou o bispo de Angra.
PR/OC